São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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Presidente do museu descarta usar obras de arte como garantia

GILBERTO DIMENSTEIN
COLUNISTA DA FOLHA

O presidente do Masp, Julio Neves, disse ontem que "jamais" poderia aceitar o pedido que, segundo ele, foi feito pela Eletropaulo de incluir obras de arte como garantia para a renegociação da dívida do museu com a empresa. Essa teria sido, na sua sua visão, uma das razões do impasse. "Foi um gesto intempestivo", afirmou, referindo-se ao corte de energia.
A empresa confirma que exigiu garantias, mas sem mencionar obras. Porém, integrantes da diretoria do museu, segundo apurou a Folha, foram avisados por diversas fontes de que, na impossibilidade de avais e fianças bancárias, a saída seria estabelecer como garantia uma obra avaliada em R$ 3 milhões.
Para Neves, não havia razão para o corte, já que as contas vinham sendo pagas havia 11 meses. Além disso, segundo ele, o Masp ofereceu à Eletropaulo um plano de pagamento da dívida. "Eu disse claramente que nossa vontade era pagar." Uma das propostas era transformar a Eletropaulo em patrocinadora do museu. "Nem quiseram considerar", diz Neves.
Segundo a empresa, o museu fora alertado no dia 17 sobre o corte de energia, e haveria uma nova reunião, à qual Neves deixou de comparecer.


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