|
Texto Anterior | Índice
CRÍTICA MPB
Banda deixa a ironia de lado e faz poesia com a desilusão
ADRIANA FERREIRA SILVA
EDITORA DO GUIA FOLHA
O tempo trouxe maturidade e desencanto aos rapazes
do Mombojó. E estranho seria se fosse diferente.
Desde que lançou "Homem-Espuma" (06), a banda
perdeu dois integrantes, sumiu dos palcos (como Mombojó, que fique claro), resguardou-se.
Esse momento de passagem trouxe consequências
marcantes a "Amigo do Tempo". No lugar da ironia do álbum de estreia, "Nadadenovo" (04), entra a melancolia.
Ela aparece no roquinho
"Passarinho Colorido", que
elege um "certo autismo" para se salvar das agruras da vida; ou em "Casa Caiada", onde a perda da inocência vislumbra o perigo, sentido,
agora, "em qualquer lugar".
A pegada punk e debochada que fez deles uma das novidades mais empolgantes
desta década está mais rebuscada, como em "Antimonotonia", com sonoridade
que reveza peso e toques de
surf music.
Coube ao produtor Pupillo
captar o espírito dessa jornada de descobertas e desilusões e moldá-lo. À perfeição.
AMIGO DO TEMPO
ARTISTA Mombojó
GRAVADORA independente
(download gratuito a partir de 7/6
em www.mombojo.com.br)
AVALIAÇÃO ótimo
Texto Anterior: Após trauma, Mombojó volta à ativa Índice
|