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FILMES
TV ABERTA
Contraste de ritmo dá força a "Crime Verdadeiro"
Assassinos da Estrada
Record, 23h.
(Roadflower). EUA, 1993, 93 min.
Direção: Deran Sarafian. Com
Christopher Lambert, Craig Sheffer,
Michelle Forbes. Durante viagem pelo
deserto, Lambert e seu séquito são
perseguidos por psicótico e amigos.
Enfim, o deserto.
Momento de Decisão
Globo, 23h20.
(Midwives). EUA, 2001, 92 min. Direção:
Glenn Jordan. Com Sissy Spacek, Peter
Coyote. Spacek faz a parteira que,
embora salve a vida de uma criança, no
momento do parto, é acusada por sua
morte em seguida e julgada em razão
disso. Feito para TV, com destaque para a
ótima Sissy. Inédito.
Crime Verdadeiro
SBT, 0h30.
(True Crime). EUA, 1999, 127 min.
Direção: Clint Eastwood. Com Clint
Eastwood, Isaiah Washington, James
Woods, Lisa Gay Hamilton. Velho
repórter mulherengo, beberrão e
desiludido se vê na contingência de
salvar um condenado à morte. Na
ritmação (o contraste entre a urgência
do assunto e o ritmo lento da ação) está
talvez o segredo (ou um deles) da imensa
força deste filme.
Noites de Sexo
Bandeirantes, 2h.
(Nights of Shade). EUA, 1996, 93 min.
Direção: Fred Olen Ray. Com Tim Abell,
Teresa Langley. A emissora anuncia
como filme erótico. O guia Imdb dá como
horror. Na verdade, um ex-policial
freqüenta lugar onde há um tanto de
sexo e outro tanto de vampiros e
vampirismo.
Nos Braços de Estranhos
SBT, 3h.
(Into the Arms of Strangers). EUA, 2000,
122 min. Direção: Mark Jonathan Jarris.
Sobreviventes do Holocausto recordam
o que foi a perseguição e o assassinato
em massa de judeus, antes e durante a
Segunda Guerra Mundial.
La Bamba
Globo, 3h05.
EUA, 1987, 108 min. Direção: Luis Valdez.
Com Lou Diamond Philips, Rosana
DeSoto, Esai Morales. Biografia do
compositor Ritchie Valens, que aos 17
anos fez um sucesso louco com a música
"La Bamba". Pouco mais que a história
convencional de um jovem pobre de
origem mexicana em busca do sucesso.
Vê-se.
(IA)
TV PAGA
O balanço de Van Sant, entre a arte e a superfície
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Quanto mais passa o tempo,
mais fica claro que Gus van
Sant é, na atualidade, o mais perfeito correlato do que foi, no passado, King Vidor.
São ambos diretores que compram sua independência, produzindo filmes comerciais e/ou para
estúdios, e, com a confiança e/ou
bilheteria que obtêm, conseguem
rodar o que lhes interessa.
Porque não existe hipótese de o
Gus van Sant que dirige "Elefante", por exemplo, ser o mesmo
que dirige o bastante convencional "Gênio Indomável".
Há um espaço intermediário
entre esses dois, preenchido por
"Psicose", versão 98, que procurava retomar, plano a plano, o "Psicose" original, de Hitchcock, apenas com pequenas mudanças.
É possível que, neste último caso, Van Sant buscasse um resultado mais ousado. Mas é bastante
provável, também, que não tenha
contagiado seu elenco. Eles parecem mais inclinados a crer que o
diretor optou pela preguiça pura e
simples, e se comportam um tanto burocraticamente.
"Gênio Indomável" não deixa
de ter seu interesse. Para ficar com
filmes do mesmo tipo e que concorrem ao Oscar, é bem mais forte
que, por exemplo, "Uma Mente
Brilhante". Mas a história do jovem gênio matemático não exclui
fartas porções de convenção.
Fiquemos com a mais evidente:
Robin Williams fazendo o psicólogo de idéias avançadas que buscará diálogo com o genioso Matt
Damon.
Pode-se gostar mais ou menos
de "Elefante", tanto faz: mas ali é
como se Gus van Sant tratasse de
evitar, a cada cena, a possibilidade
de se ater ao corriqueiro, ao banal.
Em "Gênio Indomável", ao contrário, se trata de atingir esse gosto médio, que aspira à arte, mas
não consegue enxergar dela senão
a superfície.
GÊNIO INDOMÁVEL. Quando: hoje, às
23h30, no Max Prime.
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