São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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Extrema-direita militar atacava general Golbery

DA REDAÇÃO

À primeira vista, a ilustração acima, um boneco enforcado, representando o general Golbery do Couto e Silva, poderia parecer coisa de estudante. Mas era coisa de militares de extrema-direita. É uma das muitas representações de Golbery num planfleto que circulava naqueles dias, intitulado "A Novela da Traição". Nele, vocalizavam-se os ódios e apreensões dos militares insatisfeitos com a idéia de uma "distensão" política e dos agentes que agiam e torturavam nos porões do regime.
Golbery e Geisel, especialmente o chefe do Gabinete Civil, eram tratados como traidores dos ideais revolucionários de 1964. A "tigrada" esperneava e temia que os ventos mudassem.
A simples idéia de que pudesse haver apurações e inquéritos para apurar torturas e "suicídios" deixava os porões da ditadura em polvorosa. O panfleto não escondia suas preferências pelo então ministro do Exército, "o bravo e honrado general Frota".


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