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Extrema-direita militar atacava general Golbery
DA REDAÇÃO
À primeira vista, a ilustração acima, um boneco enforcado, representando o general Golbery do Couto e Silva, poderia parecer coisa de
estudante. Mas era coisa de
militares de extrema-direita.
É uma das muitas representações de Golbery num planfleto que circulava naqueles
dias, intitulado "A Novela da
Traição". Nele, vocalizavam-se os ódios e apreensões dos
militares insatisfeitos com a
idéia de uma "distensão"
política e dos agentes que
agiam e torturavam nos porões do regime.
Golbery e Geisel, especialmente o chefe do Gabinete
Civil, eram tratados como
traidores dos ideais revolucionários de 1964. A "tigrada" esperneava e temia que
os ventos mudassem.
A simples idéia de que pudesse haver apurações e inquéritos para apurar torturas e "suicídios" deixava os
porões da ditadura em polvorosa. O panfleto não escondia suas preferências pelo então ministro do Exército, "o bravo e honrado general Frota".
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