São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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Documentário

Programa compila as asneiras de Aznar

LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Treze explosões que deixaram um saldo de 191 mortos e quase 2.000 feridos e puseram fim à ambição do ex-premiê espanhol José María Aznar de articular a perpetuação do Partido Popular no poder. É do intervalo entre o estouro das bombas nas estações madrilenhas, em 11 de março de 2004, e a implosão do PP nas urnas, três dias depois, que trata o documentário "72 Horas".
A produção ouve análises de jornalistas de diferentes veículos e latitudes (nativos e correspondentes estrangeiros) sobre como a recusa de Aznar em deslocar do ETA a suspeição sobre a autoria dos atentados interferiu no humor eleitoral dos espanhóis. Indo contra todos os indícios (como modus operandis e tipo de explosivo estranhos aos habitualmente empregados pelos terroristas bascos), Aznar bateu pé sobre o algoz oficial e "sugeriu" que pelo menos seis correspondentes fizessem o mesmo.
Quando, na véspera do pleito, manifestações populares se multiplicaram à frente de representações do PP, ele vestiu de carrascos a mídia e o Partido Socialista, que teriam atiçado as massas. A essa altura, a contraditória participação do país na Guerra do Iraque -até então peso morto na eleição- voltara a influenciar o voto e o barco de Aznar começava a zarpar do Palácio da Moncloa.


72 HORAS
Quando :
hoje, às 15h
Onde : History Channel



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