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Crítica
"Desafio à Corrupção" mostra brilho de Rossen
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Um melodrama pós-noir
com acessórios metafísicos". A
definição de Jonathan Rosenbaum soa perfeita para "Desafio à Corrupção" (TC Cult,
14h50; livre). Sim, há dor em
toda parte no filme que Robert
Rossen fez em 1961. Está personificada, de certo modo, em
Eddie Felson, o jogador de bilhar vivido por Paul Newman.
Talentoso e arrogante, Felson terá de trilhar um caminho
de dores se quiser, um dia, vencer. Isso deve ter a ver com a
trajetória de Rossen, ex-lutador de boxe, depois membro do
PC, depois jovem diretor brilhante, depois banido pela caça
às bruxas. E, por fim, delator.
Um árduo percurso, ninguém duvidará. E dessa queda
final Rossen demorará a se levantar. Só nos anos 60, já no
fim da vida, fará filmes brilhantes novamente: "Desafio à Corrupção" (originalmente em
scope; o que acontecerá aqui?)
e, em 1964, "Lilith".
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