São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Crítica

"Desafio à Corrupção" mostra brilho de Rossen

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Um melodrama pós-noir com acessórios metafísicos". A definição de Jonathan Rosenbaum soa perfeita para "Desafio à Corrupção" (TC Cult, 14h50; livre). Sim, há dor em toda parte no filme que Robert Rossen fez em 1961. Está personificada, de certo modo, em Eddie Felson, o jogador de bilhar vivido por Paul Newman.
Talentoso e arrogante, Felson terá de trilhar um caminho de dores se quiser, um dia, vencer. Isso deve ter a ver com a trajetória de Rossen, ex-lutador de boxe, depois membro do PC, depois jovem diretor brilhante, depois banido pela caça às bruxas. E, por fim, delator.
Um árduo percurso, ninguém duvidará. E dessa queda final Rossen demorará a se levantar. Só nos anos 60, já no fim da vida, fará filmes brilhantes novamente: "Desafio à Corrupção" (originalmente em scope; o que acontecerá aqui?) e, em 1964, "Lilith".


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