São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Documentário reconstrói shows de Johnny Cash em penitenciária

Filme é um dos destaques do "In-Edit Brasil", evento que começa hoje no MIS

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Em um mesmo dia de janeiro de 1968, Johnny Cash fez dois shows na penitenciária estadual de Folsom, na Califórnia. Das canções tocadas, 16 foram selecionadas para compor "At Folsom Prison", talvez um dos dez mais emblemáticos discos ao vivo da história do rock.
As apresentações, claro, foram registradas em áudio -mas não em vídeo.
Assim, o diretor Bestor Cram teve de recorrer a entrevistas com gente que presenciou os shows e até a animações para dar forma a "Johnny Cash at Folsom Prison", documentário que será exibido na madrugada de sábado para domingo dentro do evento "In-Edit Brasil", no MIS, em São Paulo.
Uma boa sacada de Cram foi usar as impactantes fotografias que Jim Marshall tirou de Cash durante os shows. As imagens ajudam a explicar por que "At Folsom Prison" é tão reverenciado. Além de ter sido gravado em uma cadeia, o que dá um interessante significado a faixas como "Folsom Prison Blues", "Cocaine Blues" e "Green Green Grass of Home", o disco consegue capturar a força bruta e o carisma rebelde de Cash.
O festival "In-Edit" reúne ainda alguns bons documentários focados na música. Como "Ozawa", que disseca a história do maestro japonês Seiji Ozawa. Ou "Dub Echoes", que conta como o dub saiu da Jamaica nos anos 60 e ganhou o mundo.
Em "Favela on Blast", os diretores Leandro HBL e Wesley Pentz (o DJ norte-americano Diplo) penetram nos morros do Rio para tentar entender o funcionamento e os códigos que regem o funk carioca.


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