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Documentário reconstrói shows de Johnny Cash em penitenciária
Filme é um dos destaques do "In-Edit Brasil", evento que começa hoje no MIS
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um mesmo dia de janeiro
de 1968, Johnny Cash fez dois
shows na penitenciária estadual de Folsom, na Califórnia.
Das canções tocadas, 16 foram
selecionadas para compor "At
Folsom Prison", talvez um dos
dez mais emblemáticos discos
ao vivo da história do rock.
As apresentações, claro, foram registradas em áudio
-mas não em vídeo.
Assim, o diretor Bestor Cram
teve de recorrer a entrevistas
com gente que presenciou os
shows e até a animações para
dar forma a "Johnny Cash at
Folsom Prison", documentário
que será exibido na madrugada
de sábado para domingo dentro
do evento "In-Edit Brasil", no
MIS, em São Paulo.
Uma boa sacada de Cram foi
usar as impactantes fotografias
que Jim Marshall tirou de Cash
durante os shows. As imagens
ajudam a explicar por que "At
Folsom Prison" é tão reverenciado. Além de ter sido gravado
em uma cadeia, o que dá um interessante significado a faixas
como "Folsom Prison Blues",
"Cocaine Blues" e "Green
Green Grass of Home", o disco
consegue capturar a força bruta
e o carisma rebelde de Cash.
O festival "In-Edit" reúne
ainda alguns bons documentários focados na música. Como
"Ozawa", que disseca a história
do maestro japonês Seiji Ozawa. Ou "Dub Echoes", que conta como o dub saiu da Jamaica
nos anos 60 e ganhou o mundo.
Em "Favela on Blast", os diretores Leandro HBL e Wesley
Pentz (o DJ norte-americano
Diplo) penetram nos morros
do Rio para tentar entender o
funcionamento e os códigos
que regem o funk carioca.
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