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Contaminação de ostras catarinenses divide os restaurantes paulistanos
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda que boa parte das ostras servidas nos restaurantes
paulistanos venham de Florianópolis, e não dos municípios
no litoral norte catarinense que
foram afetados pelo fenômeno
conhecido como maré vermelha, algumas casas suspenderam a venda dos moluscos.
"Nossa fornecedora disse
que o problema não tem nada a
ver com a região onde está a fazenda dela, em Florianópolis.
Independentemente disso, não
estamos servindo ostras nem
mexilhões. Nosso país está
meio desacreditado, prefiro
proteger meus clientes", diz
Benny Novak, do Ici Bistrô.
A interrupção da coleta de
ostras e mariscos nos municípios de Penha e São Francisco
do Sul, no norte de Santa Catarina, foi determinada pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca depois de verificar-se
no mar destas localidades uma
hiperconcentração de algas que
liberam toxinas e contaminam
ostras e mexilhões. Se consumido, o molusco contaminado
pode causar dor de cabeça, náusea, vômito e câncer. O proprietário da rede Rubaiyat, Belarmino Iglesias, determinou a
suspensão das ostras de SC em
seus restaurantes -os de Cananéia (litoral paulista) continuarão a ser servidos. "A prudência
me indica que devemos suspender."
No Amadeus, especializado
em peixes e frutos do mar, as
ostras não serão tiradas do menu. "Temos um cultivo próprio
em Florianópolis exatamente
para garantir a qualidade. Não
temos nenhum motivo para parar porque sabemos exatamente o cuidado que temos com as
ostras", diz o proprietário da
casa, Tadeu Masano.
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