São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice ENTRE PAREDES ERIC LAURENCE Esse obscuro lado do desejo que é o ciúme encarna em "Entre Paredes", de Eric Laurence, como um mal silencioso. Insinua-se devagarinho, quando o homem vê, ou crê ver, olhares lascivos de outros homens para a sua mulher. Instalado, o ciúme se apossa de quem o sente, alastra-se e conduz à desmedida dos atos criminosos. Diretor e montador, Laurence capricha no ritmo e na atmosfera de seu filme, traçando uma curva que passeia pela sensualidade, pelo tormento e pela solidão. Não menos insinuante é a trilha de Naná Vasconcelos, que faz de "Entre Paredes" um todo consistente, vencedor de cinco Kikitos em Gramado. Talvez, apenas, com um excesso de virtuosismo cuja depuração não fará mais do que ressaltar os méritos de Laurence, 26. (SILVANA ARANTES) Quando: hoje, às 19h (MIS); amanhã, às 18h (Cinesesc); 1/9, às 20h (CCSP) Texto Anterior: Microcríticas: Eletrodomésticas Próximo Texto: Panorâmica - Evento Folha: "Diálogos Impertinentes" discute "A Civilização" Índice

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