São Paulo, Quinta-feira, 26 de Agosto de 1999
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ARTES PLÁSTICAS
Belga Barbara Vanderlinden e mexicano Cuauhtemoc Medina estão na equipe do evento de 2001
25ª Bienal de SP define seus curadores

CELSO FIORAVANTE
da Reportagem Local

A organização da 25ª edição da Bienal de São Paulo, evento previsto para março de 2001, definiu toda a sua equipe internacional de curadoria. Além de Ivo Mesquita (curador-chefe) e Adriano Pedrosa (curador-adjunto), a equipe será formada por Barbara Vanderlinden, Cuauhtemoc Medina, Louise Neri e Lilian Tony.
A belga Vanderlinden, que atua em Bruxelas e Antuérpia, foi uma das curadoras da bienal européia Manifesta 2. Medina é crítico e professor de arte mexicano. A curadora neozelandesa Neri é editora da revista "Parkett" em Nova York. A brasileira Lilian Tony é curadora de pinturas e esculturas no MoMA de Nova York.
Ao contrário das duas edições da Bienal, a equipe internacional não será responsável por curadorias referentes às divisões geográficas e geopolíticas do planeta (mostra "Universalis" em 1996 e mostra "Roteiros" em 1998). "Estarei propondo um grande guarda-chuva temático, que abarcará os três núcleos da Bienal. Toda a mostra será mais integrada. Esse grupo internacional será responsável por definir as linhas do evento, embora possam ter também funções mais precisas", disse Ivo Mesquita à Folha.
É o caso da brasileira, radicada em Nova York, Lilian Tony, que já colaborou na última edição do evento. "Tony conhece a instituição e trabalhará na parte museológica do evento", disse Mesquita.
Louise Neri também conhece a Bienal. Curou na última edição do evento uma mostra no segmento "Roteiros" dedicada à Oceania.
A primeira reunião da equipe em São Paulo será na próxima semana, quando então será apresentada oficialmente.
O fio condutor da próxima Bienal de São Paulo será pautado no livro "Seis Propostas para o Próximo Milênio", resultado de uma série de conferências que o escritor italiano Italo Calvino realizou na Universidade de Harvard.
Assim como no livro, a proposta da Bienal é a multidisciplinaridade, devendo assim explorar, além das artes plásticas, várias outras áreas do conhecimento humano, como cinema, literatura, filosofia e ciência.
A idéia não seria misturar as várias disciplinas, mas mostrar as articulações existentes entre elas e explorar suas possíveis relações.
Antes da Bienal, em 2000, Ivo Mesquita curará, também com Adriano Pedrosa, uma mostra de arte latino-americana em Madri.


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