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ARTES PLÁSTICAS
Belga Barbara Vanderlinden e mexicano Cuauhtemoc Medina estão na equipe do evento de 2001
25ª Bienal de SP define seus curadores
CELSO FIORAVANTE
da Reportagem Local
A organização da 25ª edição da
Bienal de São Paulo, evento previsto para março de 2001, definiu
toda a sua equipe internacional de
curadoria. Além de Ivo Mesquita
(curador-chefe) e Adriano Pedrosa (curador-adjunto), a equipe será formada por Barbara Vanderlinden, Cuauhtemoc Medina,
Louise Neri e Lilian Tony.
A belga Vanderlinden, que atua
em Bruxelas e Antuérpia, foi uma
das curadoras da bienal européia
Manifesta 2. Medina é crítico e
professor de arte mexicano. A curadora neozelandesa Neri é editora da revista "Parkett" em Nova
York. A brasileira Lilian Tony é
curadora de pinturas e esculturas
no MoMA de Nova York.
Ao contrário das duas edições
da Bienal, a equipe internacional
não será responsável por curadorias referentes às divisões geográficas e geopolíticas do planeta
(mostra "Universalis" em 1996 e
mostra "Roteiros" em 1998). "Estarei propondo um grande guarda-chuva temático, que abarcará
os três núcleos da Bienal. Toda a
mostra será mais integrada. Esse
grupo internacional será responsável por definir as linhas do
evento, embora possam ter também funções mais precisas", disse
Ivo Mesquita à Folha.
É o caso da brasileira, radicada
em Nova York, Lilian Tony, que já
colaborou na última edição do
evento. "Tony conhece a instituição e trabalhará na parte museológica do evento", disse Mesquita.
Louise Neri também conhece a
Bienal. Curou na última edição do
evento uma mostra no segmento
"Roteiros" dedicada à Oceania.
A primeira reunião da equipe
em São Paulo será na próxima semana, quando então será apresentada oficialmente.
O fio condutor da próxima Bienal de São Paulo será pautado no
livro "Seis Propostas para o Próximo Milênio", resultado de uma
série de conferências que o escritor italiano Italo Calvino realizou
na Universidade de Harvard.
Assim como no livro, a proposta da Bienal é a multidisciplinaridade, devendo assim explorar,
além das artes plásticas, várias outras áreas do conhecimento humano, como cinema, literatura,
filosofia e ciência.
A idéia não seria misturar as várias disciplinas, mas mostrar as
articulações existentes entre elas e
explorar suas possíveis relações.
Antes da Bienal, em 2000, Ivo
Mesquita curará, também com
Adriano Pedrosa, uma mostra de
arte latino-americana em Madri.
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