São Paulo, sexta, 26 de setembro de 1997.



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O papa e o tapa

VOLTAIRE DE SOUZA
João Paulo 2º vem aí. Pena que não aproveite o que o Brasil tem de melhor. Fei joada. Caipirinha. Belas mulheres. Aí seria demais. Será? Rui era garçom num bar chique da cidade. Outro dia, viu um velhinho no balcão. Pele rosada. Simpá tico. Sotaque polonês. To mando vodca. Teve certeza. "É o papa! Disfarçado, mas é ele. Já chegou." Na hora da conta, Rui não cobrou. "Cortesia da casa, santida de." No dia seguinte, bron ca do gerente. "Aqui nem o papa bebe de graça." Rui reagiu. Partiu para o tapa. Foi surrado pelos seguran ças do bar. Toda fé, mesmo tola, tem seus mártires.



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