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São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2003

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RUÍDO

Warner Music reduz seu elenco no Brasil

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de o diretor de marketing Marcelo Maia haver dito há duas semanas que a Warner Music era a única "saudável" do mercado brasileiro, a gravadora está se desfazendo de parte de seu elenco. Teriam sido dispensados 12 dos 24 artistas listados no site da gravadora.
É o caso do Rodox, banda de Rodolfo, ex-Raimundos (que também já estão fora da Warner). A crise, a suposta fusão com a BMG e os altos investimentos no lançamento de Maria Rita estariam entre as razões do desmonte. O empresário do Rodox, Airton Valadão Jr., diz que o argumento Maria Rita não foi utilizado na dispensa do grupo.
"Quem falou conosco nem foi o diretor artístico, foi o de marketing, que disse que eles não tinham dinheiro para trabalhar o Rodox", diz. "Mas, sempre que precisei falar com alguém da Warner nos últimos tempos, me diziam que estavam ocupados com questões de Maria Rita."
Procurado pela Folha por e-mail para responder a essas questões, Marcelo Maia não as negou, afirmando apenas que "não há nada a comentar".
Ao mesmo tempo, já surgem indícios de que a fusão entre a Warner e a BMG pode não se concretizar (e a BMG já estaria negociando outra possível fusão, agora com a Sony).
A EMI mundial emitiu comunicado oficial no qual se diz em negociações "não exclusivas" para uma "transação" com a divisão musical da Warner. Essa transação seria de compra, não mais de fusão.

A INDEPENDENTE

A cantora e compositora Olivia estreou em 2000, pela alternativa Trama. Apesar de adotar a retórica de que não se pode avaliar o potencial de um artista por apenas um disco (e cumpri-la no que se refere aos chamados Artistas Reunidos), a gravadora se desfez de Olivia em seguida, num corte de elenco. Por essas e outras, "Perto", o segundo disco, é resultado de trabalho dirigido em estúdio caseiro por Olivia e seu marido e parceiro Paulo Preto. O tom de trip hop do primeiro CD é trocado por tranquilidade pop, emepebística e suavemente eletrônica, com ênfase na alegria simples de "O Claro dos Relâmpagos". "Perto" está sendo distribuído pela Tratore e pode ser adquirido pelo site www.tratore.com.br.

QUEDA LIVRE
O mercado mundial de música segue em queda livre, segundo documento da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). As vendas de CDs caíram em 2002 em todas as regiões, com "liderança" de Oriente Médio (menos 15,5% de faturamento), Ásia (10%) e América Latina (9,8%). A queda global foi de 7,2%. O Brasil, 11º mercado mundial em 2001, caiu para 12º.

QUEDA PARA CIMA
Apesar disso, o Brasil vendeu mais discos em 2002 que em 2001 -79,6 milhões versus 78,3 milhões. O diretor-geral da ABPD, Paulo Rosa, diz que "isso se deveu a um esforço de exploração de catálogo, já que nos canais tradicionais de venda verificou-se queda". O faturamento, em dólar, variou negativamente em 16,4%.

DUAS VEZES TOM ZÉ
Além do DVD de "Jogos de Armar", Tom Zé prepara CD inédito de estúdio, que deve sair ainda neste ano, com produção de Jair Oliveira. Incluirá inéditas, canções da época que ele chama de seu "ostracismo" e uma releitura à capela de "Dona Divergência", de Lupicinio Rodrigues.

psanches@folhasp.com.br


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