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RUÍDO
Warner Music reduz seu elenco no Brasil
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de o diretor de marketing Marcelo Maia haver
dito há duas semanas que a
Warner Music era a única "saudável" do mercado brasileiro, a
gravadora está se desfazendo de
parte de seu elenco. Teriam sido
dispensados 12 dos 24 artistas
listados no site da gravadora.
É o caso do Rodox, banda de
Rodolfo, ex-Raimundos (que
também já estão fora da Warner). A crise, a suposta fusão
com a BMG e os altos investimentos no lançamento de Maria
Rita estariam entre as razões do
desmonte. O empresário do Rodox, Airton Valadão Jr., diz que
o argumento Maria Rita não foi
utilizado na dispensa do grupo.
"Quem falou conosco nem foi
o diretor artístico, foi o de marketing, que disse que eles não tinham dinheiro para trabalhar o
Rodox", diz. "Mas, sempre que
precisei falar com alguém da
Warner nos últimos tempos, me
diziam que estavam ocupados
com questões de Maria Rita."
Procurado pela Folha por e-mail para responder a essas
questões, Marcelo Maia não as
negou, afirmando apenas que
"não há nada a comentar".
Ao mesmo tempo, já surgem
indícios de que a fusão entre a
Warner e a BMG pode não se
concretizar (e a BMG já estaria
negociando outra possível fusão, agora com a Sony).
A EMI mundial emitiu comunicado oficial no qual se diz em
negociações "não exclusivas"
para uma "transação" com a divisão musical da Warner. Essa
transação seria de compra, não
mais de fusão.
A INDEPENDENTE
A cantora e compositora
Olivia estreou em 2000, pela
alternativa Trama. Apesar
de adotar a retórica de que
não se pode avaliar o potencial de um artista por apenas
um disco (e cumpri-la no
que se refere aos chamados
Artistas Reunidos), a gravadora se desfez de Olivia em
seguida, num corte de elenco. Por essas e outras, "Perto", o segundo disco, é resultado de trabalho dirigido em
estúdio caseiro por Olivia e
seu marido e parceiro Paulo
Preto. O tom de trip hop do
primeiro CD é trocado por
tranquilidade pop, emepebística e suavemente eletrônica, com ênfase na alegria
simples de "O Claro dos Relâmpagos". "Perto" está sendo distribuído pela Tratore e
pode ser adquirido pelo site
www.tratore.com.br.
QUEDA LIVRE
O mercado mundial de
música segue em queda livre,
segundo documento da
Associação Brasileira dos
Produtores de Discos (ABPD).
As vendas de CDs caíram em
2002 em todas as regiões, com
"liderança" de Oriente Médio
(menos 15,5% de
faturamento), Ásia (10%) e
América Latina (9,8%). A
queda global foi de 7,2%. O
Brasil, 11º mercado mundial
em 2001, caiu para 12º.
QUEDA PARA CIMA
Apesar disso, o Brasil vendeu
mais discos em 2002 que em
2001 -79,6 milhões versus
78,3 milhões. O diretor-geral
da ABPD, Paulo Rosa, diz que
"isso se deveu a um esforço de
exploração de catálogo, já que
nos canais tradicionais de
venda verificou-se queda". O
faturamento, em dólar, variou
negativamente em 16,4%.
DUAS VEZES TOM ZÉ
Além do DVD de "Jogos de
Armar", Tom Zé prepara CD
inédito de estúdio, que deve
sair ainda neste ano, com
produção de Jair Oliveira.
Incluirá inéditas, canções da
época que ele chama de seu
"ostracismo" e uma releitura à
capela de "Dona Divergência",
de Lupicinio Rodrigues.
psanches@folhasp.com.br
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