São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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Domingo no parque

Concerto ao ar livre do maestro Zubin Mehta e apresentação do Teatro Oficina na Bienal movimentam o Ibirapuera hoje

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Zubin Mehta volta hoje ao seu endereço paulistano favorito. Às 11h, o maestro indiano de 74 anos rege a Filarmônica de Munique no parque Ibirapuera, em evento gratuito.
"Também quero ver o novo Colón, em Buenos Aires, mas estou esperando muito pela apresentação no Ibirapuera", disse Mehta à Folha, por telefone, de Florença.
"Já fiz concertos no parque com as filarmônicas de Nova York e Israel, e o público de São Paulo é realmente especial. Lembro-me de quando 80 mil pessoas enfrentaram a chuva para nos ouvir."
O programa hoje inclui obras do "rei da valsa" Johann Strauss 2º, além da bombástica "Abertura 1812", de Tchaikovski, e itens com violino: o último movimento do primeiro concerto de Max Bruch; a "Fantasia Carmen", de Pablo de Sarasate; "Schön Rosmarin" e "Liebesfreud", de Fritz Kreisler.
A solista é a japonesa Mayuko Kamio, 24, vencedora do Concurso Tchaikovski, de Moscou, em 2007, e pupila do mítico Zakhar Bron. Amanhã e terça, às 21h, na Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16, tel. 0/xx/11/3223-3966), na série do Mozarteum Brasileiro, volta a empunhar seu Stradivarius de 1727 no "Concerto para Violino nº 1" de Max Bruch -item que ela também toca com a orquestra no Rio, quarta-feira.

PRESENÇA ASSÍDUA
O programa de amanhã é complementado pela primeira sinfonia de Mahler, e, o de terça, pela quarta de Tchaikovski. Com ingressos esgotados, ambas trazem ainda a abertura da ópera "A Força do Destino", de Verdi.
Se Mehta, que esteve por aqui em 2009, com a Filarmônica de Israel, tem sido presença assídua no Brasil, o mesmo não se pode dizer da Filarmônica de Munique. A orquestra veio para cá em 1992 e 1993, ainda sob a direção do mitológico e idiossincrático regente romeno Sergiu Celibidache (1912-1996).
"Substituí Celibidache várias vezes em Munique, no final da vida, quando ele estava doente", conta Mehta, que se diz fortemente influenciado pelo romeno.
"Foi um grande espírito, um grande pensador e um grande pintor de sons, fosse em Bruckner ou em Debussy", define. "Ele me influenciou especialmente em questões do ajuste interno do som da orquestra, como as cores das cordas ou o equilíbrio das madeiras."


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