DO ENVIADO AO RIO

A principal atração de ontem, o Metallica entrou no palco à 1h20, com meia hora de atraso, sob os gritos ensandecidos dos metaleiros que lotaram a Cidade do Rock para ver a banda. O grupo tocou hits que os fãs adoram, como "Creeping Death".
Antes deles, o Motörhead fez uma performance igual as mais de 30 que o grupo já apresentou nas muitas visitas anteriores ao Brasil. O que é ótimo. Liderado desde 1975 pelo cantor, baixista e figuraça Lemmy, é um monumento intocável do rock. No palco, dispara sem enrolação músicas rápidas, rock pesado para bater a cabeça sem pensar em mais nada.
"Iron Fist", "Ace of Spades" e outros hinos estavam lá. Motörhead nem precisa se preocupar com escolha de repertório, é uma paulada atrás da outra para Lemmy mostrar como se faz rock and roll.
A noite teve ainda o grupo maluquete americano Coheed and Cambria, cujas letras viajandonas falam de uma história meio "Star Wars", inventada pelo guitarrista Claudio Sanchez.
A escalação exclusiva de bandas de metal, no domingo, causou uma invasão de cabelos compridos e camisetas pretas. Pela manhã, as maiores filas da edição 2011 do evento percorriam quase 3.000 metros. Com mais de 60% do público chegando antes das 17h, o trânsito foi mais tranquilo do que os dias anteriores.
Os espetáculos do palco secundário Sunset, pela primeira vez lotado, tiveram Angra e Sepultura. A primeira trouxe como convidada a cantora finlandesa Tarja Turunem, ex-Nightwish. O Sepultura fez um barulho infernal, ajudado pelos batuques dos franceses Tambours du Bronx. (THALES DE MENEZES)


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