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Crítica
Diretor revitaliza Superman em seu retorno
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É verdade que ele volta, em
"Superman - O Retorno"
(HBO Plus, 23h). Mas será o
mesmo homem? Ou o mesmo
super-homem? Não, algo mudou nesse cara que explode de
vaidade quando a população
servil o aplaude por um feito.
Sua antiga namorada, Lois
Lane, mudou muito com o desaparecimento do herói (e, junto, do jornalista Clark Kent).
Para resumir: ela casou, teve
um filho, ganhou um Prêmio
Pulitzer e é frustrada.
Em outras palavras: saudemos os responsáveis pela série,
em particular o produtor-diretor Bryan Singer, pela revitalização do herói, por introduzir
desta vez um lado fortemente
humano, falível, precário.
Ele continua o homem
de aço, mas sabemos cada
vez mais que o aço não é tudo
nesta vida.
Mais uma vez, Superman
precisará dar o melhor de si para evitar as ciladas de Lex Luthor, é verdade, mas a maior cilada que Singer lhe reserva desta feita é a de ter virado celebridade. Bem-vindo ao século 21.
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