São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 2004

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FILMES

TV ABERTA

George Lucas cria seu universo em "Star Wars"

Star Wars - Episódio 4 - Uma Nova Esperança
SBT, 13h.
   
(Star Wars - Episode 4: A New Hope). EUA, 1977. Direção: George Lucas. Com Harrison Ford, Mark Hamill. O primeiro episódio da série a ser filmado, conhecido originalmente como "Guerra nas Estrelas". Onde Luke Skywalker junta-se a outros rebeldes, a fim de livrar princesa das garras do Império e do sinistro Darth Vader. Todo o universo de Lucas definiu-se aqui: a remissão aos velhos seriados, a opção pela alta tecnologia, o trabalho com sagas simples, mas não tolas. Tudo está aí.

Matar ou Correr
Cultura, 16h30.
   
Brasil, 1954. Direção: Carlos Manga. Com Oscarito, Grande Otelo. Sátira a "Matar ou Morrer", de Fred Zinnemann. Aqui, Kid Bolha vira xerife. Logo terá de enfrentar a ira do bandoleiro local.

Loucura em Los Angeles
Bandeirantes, 20h30.
  
(LA Story). EUA, 1991. Direção: Mick Jackson. Com Steve Martin, Victoria Tennant. Para curar as dores de amor, apresentador de TV decide que a solução é outro amor. Ou melhor, associa dois amores: por Los Angeles e por uma jornalista que prepara reportagem sobre a cidade. Um canto de amor a LA -apesar de seus defeitos- que o próprio Martin escreveu e que resultou numa comédia mais que simpática.

Tempestade
SBT, 22h30.
  
(Hard Rain). EUA, 1997. Direção: Mikael Salomon. Com Christian Slater. Depois de ter o carro-forte sob sua guarda roubado, Slater ainda consegue salvar o dinheiro. Mas precisará, de quebra, enfrentar um xerife corrupto.

A Relíquia
Record, 23h.
  
(The Relic). EUA, Reino Unido, Alemanha, Japão, Nova Zelândia, 1997. Direção: Peter Hyams. Com Tom Sizemore, Penelope Ann Miller. Pesquisador retorna a Chicago após expedição na América do Sul. Com ele, vêm misteriosas relíquias e uma série de assassinatos em um museu.

Meu Tesouro É Você
Bandeirantes, 0h30.
  
(Easy Come, Easy Go). EUA, 1967. Direção: John Rich. Com Elvis Presley. Elvis descobre um tesouro submerso e enfrenta os devidos concorrentes na luta por sua posse.

Um Sinal de Esperança
Globo, 1h45.
 
(Jakob the Liar). EUA, 1999. Direção: Peter Kassowitz. Com Robin Williams. Peter Kassowitz, judeu polonês, foi adotado por uma família católica, durante a guerra, enquanto os pais eram levados a um campo de concentração. Estes sobrevivem e reencontram o filho. Uma biografia bem melhor do que a história de seu filme, sobre sobrevivência em campo de concentração. Inédito.

Caninos Brancos
SBT, 2h.
  
(White Fang). EUA, 1991. Direção: Randal Kleiser. Com Ethan Hawke. A dura jornada sob a neve, a necessidade de domar a natureza do Alasca, na época do ouro, e a ajuda que os humanos recebem do cão mestiço de lobo são o centro de mais essa versão do livro de Jack London.

Ou Tudo ou Nada
Globo, 3h45.
   
(The Full Monty). Inglaterra, 1997. Direção: Peter Cattaneo. Com Robert Carlyle. Seis operários britânicos e desempregados tomam atitude radical diante da crise e decidem formar um grupo de striptease para ganhar a vida.

Meus Queridos Presidentes
SBT, 4h.
  
(My Fellow Americans). EUA, 1996. Direção: Peter Segal. Com Jack Lemmon, James Garner. Dois ex-presidentes dos EUA, o conservador Lemmon e o liberal Garner, esquecem suas irreconciliáveis divergências. Comédia que tem a seu favor o elenco. Só para SP. (IA)

TV PAGA

Ney volta à utopia latino-americana em especial

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

"Canto em Qualquer Canto" é um musical especialmente idealizado por Ney Matogrosso para o Canal Brasil, que o exibe hoje, às 23h. O formato mínimo, quase antitelevisivo, contrasta com as convenções da TV, mas também com as da indústria fonográfica -é show despojado, feito de palco nu, um cantor e um quarteto que se alterna entre várias cordas (violões, viola, guitarra, alaúde).
Ney traz para o palco sua voz aparentada da de Elizeth Cardoso e seu lado artístico mais sisudo, menos vibrante, mais compenetrado, menos alegre.
O repertório visita novidades como "Já te Falei", composta pelos Tribalistas e gravada por Rita Lee, e temas habituais de Ney, vindos de seu ex-grupo Secos & Molhados ("O Doce e o Amargo"), do artista solo exuberante dos anos 70 ("Bandoleiro"), do intérprete contrito dos 90 ("Tanto Amar", de Chico Buarque).
Sobressai, junto a alguma lentidão inerente ao formato e ao repertório, a pesquisa de uma vocação antiga de Ney para a musicalidade latino-americana, às vezes mesmo para a controversa curva rock rural/ rock progressivo.
Tal acontece em momentos como a leitura bem nordestina de "Oriente" (de Gilberto Gil) e do Ceará árido de "Retrato Marrom" (celebrizada por Fagner), ou ainda o pan-americanismo de "Dos Cruces" (abrasileirada em clima de clube mineiro da esquina por Milton Nascimento).
A partir desses pontos, Matogrosso volta a encenar utopia que nos anos 70 foi cara a ele (mas também a outros como Elis Regina, Milton, Chico, Belchior, Erasmo Carlos, Ruy Maurity, Abílio Manoel, Ronnie Von etc. etc.): a da unidade da América Latina. E tudo parece velho, e tudo parece novo de novo.


CANTO EM QUALQUER CANTO.
Especial com Ney Matogrosso. Quando: hoje, às 23h, no Canal Brasil.



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