Dono de estilo lírico e fortemente ligado ao blues, músico foi morto pela mulher

DA REPORTAGEM LOCAL

Um tiro no coração, aos 33 anos, foi o fim da trajetória de um dos maiores trompetistas do século passado. Lee Morgan (1938-1972) está no volume 20 da Coleção Folha Clássicos do Jazz. Ele surgiu no cenário da música dos EUA como membro da banda de Dizzy Gillespie e ganhou projeção no Jazz Messengers, grupo liderado pelo baterista Art Blakey.
Dono de um estilo fluente, lírico e fortemente ligado ao blues, Morgan foi morto por sua mulher em um clube de jazz de Nova York. Até hoje, o episódio não foi completamente esclarecido. O ciúme teria sido o motivo do crime que privou o jazz de sua estrela ascendente.
Os fonogramas que compõem o disco da Coleção Folha Clássicos do Jazz pertencem ao catálogo da Blue Note Records, e formam um panorama da produção de Morgan -incluindo "I Remember Clifford", homenagem a Clifford Brown, professor do trompetista.
A primeira faixa do CD, "The Sidewinder", foi o maior sucesso da vida de Morgan -entrou entre as mais vendidas da parada pop, virou tema de comercial de televisão e ajudou a salvar a Blue Note da falência.
Vale destacar ainda "Speedball", em que o trompete de Morgan ganha a companhia ilustre do sax tenor de Wayne Shorter, e "Ceora", de inconfundível sotaque bossa-nova, com participação do suave piano de Herbie Hancock.


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