São Paulo, quarta, 27 de janeiro de 1999

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CRÍTICA
"Elos" traz som animado

da Reportagem Local

O disco "Elos da Vida" é tão provocante quanto as opiniões dos autores. Mas Piveti e Branco não querem confusão, e sim despertar o hip hop nacional para um debate cheio de autocrítica.
Eles acham, como a maioria dos rappers brasileiros, que onda de violência é para "gangsta" americano. Não é bom para o hip hop do Brasil.
A faixa-título mostra como a trajetória de Piveti imita uma letra de rap. Tudo é verdade no que diz. Tudo é passado.
As bases do disco exaltam as levadas do funk e do soul, com Parliament e James Brown (outro que conhece a expressão "ver o sol nascer quadrado") no batuque da cozinha sonora.
São os garotos, Piveti, 23, Branco, 24, narrando os dramas suburbanos com a animação de um Marky Mark, o DJ que mostrou a vanguarda eletrônica das picapes da zona leste de São Paulo.
A dupla pode até parecer pretensiosa, mas é bem saudável a intenção, na linha do discurso de um Dälek, de balançar o hip hop que se faz por aqui. (XS) ²

Disco: Elos da Vida
Artistas: Piveti e Branco
Lançamento: Paradoxx
Quanto: R$ 18, em média




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