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CRÍTICA
"Elos" traz som animado
da Reportagem Local
O disco "Elos da Vida" é
tão provocante quanto as
opiniões dos autores. Mas
Piveti e Branco não querem
confusão, e sim despertar o
hip hop nacional para um
debate cheio de autocrítica.
Eles acham, como a maioria dos rappers brasileiros,
que onda de violência é para "gangsta" americano.
Não é bom para o hip hop
do Brasil.
A faixa-título mostra como a trajetória de Piveti
imita uma letra de rap. Tudo é verdade no que diz. Tudo é passado.
As bases do disco exaltam
as levadas do funk e do soul,
com Parliament e James
Brown (outro que conhece
a expressão "ver o sol nascer quadrado") no batuque
da cozinha sonora.
São os garotos, Piveti, 23,
Branco, 24, narrando os
dramas suburbanos com a
animação de um Marky
Mark, o DJ que mostrou a
vanguarda eletrônica das
picapes da zona leste de São
Paulo.
A dupla pode até parecer
pretensiosa, mas é bem saudável a intenção, na linha
do discurso de um Dälek, de
balançar o hip hop que se
faz por aqui.
(XS)
²
Disco: Elos da Vida
Artistas: Piveti e Branco
Lançamento: Paradoxx
Quanto: R$ 18, em média
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