THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

"Live! From New York! It's Saturday Night!" Nada representa mais o humor e o "way of life" americanos quanto o que se segue após este grito dado às 23h dos sábados. E, depois de amanhã, ele será ouvido no Brasil, através do canal Sony, no início da 28ª temporada do "Saturday Night Live".
Para um programa que estreou em 11 de outubro de 75 apenas como um tampão às tediosas reprises que a NBC costumava passar nas noites sabáticas, 28 temporadas é um número espantoso. Espantoso também é a qualidade e a relevância que o "SNL" ainda mantém após todo esse tempo.
Dois fatos sobre o programa:
* é, de longe, o maior formador de comediantes da indústria cultural americana, vide Chevy Chase, Bill Murray, John Belushi, Dan Aykroyd, Eddie Murphy, Julia Louis-Dreyfus, Billy Crystal, Dana Carvey, Mike Myers, Chris Farley, Chris Rock, Adam Sandler...
* foi o local escolhido por Rudolph Giuliani para dar o recado "É OK rir novamente" aos Estados Unidos após 11 de setembro. (O ex-prefeito de Nova York foi "host" do "SNL" em 29 de setembro de 2001).
A trajetória do "Saturday Night Live" nesses 28 anos tem sido, claro, permeada por momentos altos e baixos -e que podem ser vistos nas reprises exibidas pela Sony, durante a semana (altos: de 1975 a 80, 82/83 e 89 a 95).
A filosofia de seu criador -e até hoje produtor-, Lorne Michaels, sempre foi a de renovar e injetar ânimo de tempos em tempos no cast do programa com gente jovem e de rostos desconhecidos. Na temporada que se inicia, o "SNL" deve alcançar seus históricos picos qualitativos.
Além de comediantes (Will Ferrell, Horatio Sanz e Darrell Hammond) carismáticos e versáteis como seus bons predecessores, o "SNL" tem em seu principal quadro, o "Weekend Update", dois dos mais talentosos nomes que já passaram pelo programa: Jimmy Fallon e Tina Fey. Com charme e sutileza, eles nos mostram as notícias da semana sob o ponto de vista todo peculiar -e delicioso- do "SNL".