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São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003

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LITERATURA

Oposição vence por 212 a 147

Oswaldo Siciliano é eleito presidente da CBL

DA REPORTAGEM LOCAL

O livreiro Oswaldo Siciliano, 71, foi eleito ontem à noite o novo presidente da Câmara Brasileira do Livro. Entre os 400 afiliados da CBL que possuem direito a voto, 212 escolheram o nome de Siciliano, candidato da chapa de oposição (Experiência e Modernidade), contra 147, que deram seu voto a José Henrique Grossi (Integração e Participação), 50, até então vice-presidente da entidade. Houve três votos em branco.
Siciliano assume a presidência da CBL pelos próximos dois anos. "Essa vitória deve-se à própria mudança da CBL, que, como o Brasil, está mais democrática. Seguiremos nesse tom", disse o livreiro.
"A minha primeira ação será continuar a dialogar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para conseguirmos uma linha de crédito para novas livrarias a fim de que a produção editorial chegue a todo o Brasil."
O cargo foi ocupado durante duas gestões (quatro anos) por Raul Wasserman, 60, da Summus Editorial, que apoiou a candidatura de Grossi. "A CBL sai da disputa mais moderna, pujante e numa demonstração de pluralismo", disse.
Pela primeira vez nos últimos 14 anos, duas chapas lutaram pelo posto. Normalmente, existe um consenso e um candidato único é aclamado.
"Eles foram mais competentes em arregimentar votos. Espero que cumpram o programa divulgado", disse Grossi após a divulgação do resultado.
Pela primeira vez também, uma urna foi colocada na sede do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), no Rio de Janeiro, para atender ao grande número de associados naquela cidade.
A Câmara Brasileira do Livro representa editores, livreiros, distribuidores e creditistas -todos com direito a voto. O mercado nacional lança cerca de 15.000 títulos por ano e tem um faturamento de cerca de R$ 2 bilhões, segundo dados da própria CBL.


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