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LITERATURA
Oposição vence por 212 a 147
Oswaldo Siciliano é eleito presidente da CBL
DA REPORTAGEM LOCAL
O livreiro Oswaldo Siciliano, 71,
foi eleito ontem à noite o novo
presidente da Câmara Brasileira
do Livro. Entre os 400 afiliados da
CBL que possuem direito a voto,
212 escolheram o nome de Siciliano, candidato da chapa de oposição (Experiência e Modernidade), contra 147, que deram seu voto a José Henrique Grossi (Integração e Participação), 50, até então vice-presidente da entidade.
Houve três votos em branco.
Siciliano assume a presidência
da CBL pelos próximos dois anos.
"Essa vitória deve-se à própria
mudança da CBL, que, como o
Brasil, está mais democrática. Seguiremos nesse tom", disse o livreiro.
"A minha primeira ação será
continuar a dialogar com o
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para conseguirmos uma linha de crédito para novas livrarias a fim de que a produção editorial chegue a todo o Brasil."
O cargo foi ocupado durante
duas gestões (quatro anos) por
Raul Wasserman, 60, da Summus
Editorial, que apoiou a candidatura de Grossi. "A CBL sai da disputa mais moderna, pujante e numa demonstração de pluralismo", disse.
Pela primeira vez nos últimos 14
anos, duas chapas lutaram pelo
posto. Normalmente, existe um
consenso e um candidato único é
aclamado.
"Eles foram mais competentes
em arregimentar votos. Espero
que cumpram o programa divulgado", disse Grossi após a divulgação do resultado.
Pela primeira vez também, uma
urna foi colocada na sede do Sindicato Nacional dos Editores de
Livros (SNEL), no Rio de Janeiro,
para atender ao grande número
de associados naquela cidade.
A Câmara Brasileira do Livro
representa editores, livreiros, distribuidores e creditistas -todos
com direito a voto. O mercado
nacional lança cerca de 15.000 títulos por ano e tem um faturamento de cerca de R$ 2 bilhões, segundo dados da própria CBL.
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