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MODA
Björk ousa vestida de cisne
ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA
Quem diria, os homens foram
responsáveis pelas principais inovações no território da
moda, no Oscar deste ano.
A maior novidade ficou por
conta da troca da gravata à borboleta pela gravata tradicional, em
paletós mais relaxados que fizeram modernas adaptações da estrutura do smoking. O apresentador Steve Martin aderiu, e também o diretor premiado Steven
Soderbergh -que optou pelo bege na camisa e na gravata em seda
-e no bonitón da noite, Joaquin
Phoenix, que escolheu uma camisa de abotoamento frouxo, como
se estivesse meio aberta.
Mais uma vez, o estilista Giorgio
Armani predominou entre os homens, e a modernização veio daí,
preservando, entretanto, a elegância. Usaram Armani Martin e
Phoenix, mas também Russell
Crowe que parece um pouco acima do peso. Outro que brilhou foi
Tom Cruise, de paletó e camisa
azuis, sem gravata.
Entre as mulheres, Catherine
Zeta-Jones, a sra. Michael Douglas, foi a mais bonita. Glamourosa, chique, rica e poderosa. Tinha
todos esses elementos em seu longo tomara-que-caia preto, de Versace. Da mesma grife italiana veio
a saia balão de Jennifer Lopez.
Sem sutiã, a diva estava sexy, mas
a roupa encurtou a silhueta.
Corre por aí que Julia Roberts
(premiada com a estatueta por
melhor atriz) ganhou vestidos de
todas as cores de Calvin Klein,
mas acabou escolhendo um elegante preto e branco de Valentino. Estava bem.
A atriz Sarah Jessica Parker, de
"Sex and the City", fez a linha
sexy, num vestido curto, com as
pernas de fora.
Outra que desafiou convenções
foi Björk, num vestido de cisne do
estilista underground inglês Marjan Pejovski, desfilado em fevereiro em Londres. Num ano em que
imperou a caretice e o conservadorismo, a roupa da cantora islandesa provocou a ira do comentarista Rubens Ewald Filho, no
SBT. "Se Deus quiser, ela não vai
ganhar", disse. "Assumi que estou
torcendo contra." A roupa de
Björk, de acordo com ele, refletia
o filme, "parece que estão tirando
sarro da gente".
A roupa da comportada atriz
Julia Roberts, o novo crítico de
moda Ewald aprovou: "Ao menos
ela não veio vestida de cisne morto...".
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