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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003
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ARTES PLÁSTICAS Nove artistas contemporâneos, como Mark Manders, estão presentes Holandeses vibram entre real e irreal
FABIO CYPRIANO DA REPORTAGEM LOCAL Desde o século 16, a Holanda expandiu-se -literalmente- sobre o mar. Fez aterros e canais, erigiu moinhos de vento para drenar as águas para o oceano. Hoje, 80% de seu território na parte ocidental do país encontra-se sobre as águas. Essa paisagem, construída pelas mãos humanas, é, a partir de amanhã, tema da mostra Pos-Nature, no Instituto Tomie Ohtake. Concebida como uma exposição paralela à Bienal de Veneza, em 2001, apresenta nove artistas na faixa dos 30 anos. Todos são representativos da cena contemporânea, como Mark Manders, responsável por uma das maiores instalações na última Documenta de Kassel (Alemanha), e Michael Raedecker. "Partimos dos artistas para chegar ao tema, que podemos considerar apenas um entre os vários níveis de cada obra", afirma o curador holandês Jaap Guldemond. A responsabilidade pela montagem paulista é do curador brasileiro Martin Grossman. "A exposição permite um diálogo com a arte brasileira e revela ainda trabalhos em várias mídias", diz Grossman. O caráter fictício da paisagem holandesa é um enfoque claro na obra de Edwin Zwakman. O artista constrói maquetes e as fotografa, de forma a tornar impossível perceber que suas imagens foram feitas a partir de um modelo, exemplificando que a arte, não só a holandesa, está sempre entre o real e o irreal. POS-NATURE. Onde: Instituto Tomie Ohtake (av. Faria Lima, 201, SP, entrada pela r. Coropés, tel. 0/xx/11/ 6844-1900). Quando: abertura amanhã, às 20h (para convidados); de ter. a dom., das 11h às 20h. Até 4/5. Texto Anterior: Mercado editorial: Larousse chega ao Brasil com cem títulos Próximo Texto: Festival de Curitiba: Ecos da guerra aportam em Curitiba Índice |
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