São Paulo, domingo, 27 de março de 2005

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FILMES E TV PAGA

TV PAGA

Hunter tem casamento arranjado em "O Piano"

O Mundo Perdido - Jurassic Park
Globo, 12h50.
  
(The Lost World - Jurassic Park). EUA, 1997, 129 min. Direção: Steven Spielberg. Com Jeff Goldblum. Ao saber que o mundo dos dinossauros não se extinguiu com o fim do primeiro Jurassic Park e que, até pelo contrário, ele floresce em outra ilha, o dr. Ian Malcolm (Goldblum) fica louco para ir ao local.

O Pequeno Urso, o Filme
Cultura, 17h.
  
(The Litle Bear Movie).EUA, 2000, 75 min. Direção: Raymond Jafelice. Nesta história, o animalzinho e seu pai decidem acampar. O Pequeno Urso conhece um amigo, Filhote, que também é um ursinho, mas vive no mato porque se perdeu de seus pais.

O Cavalinho Azul
Cultura, 18h30.
  
Brasil, 1984, 84 min. Direção: Eduardo Escorel. Com Erasmo Carlos. Baseado em peça de Maria Clara Machado, o filme é sobre um pangaré que se transforma em cavalo azul na imaginação do seu dono, o menino Vicente.

Nada É para Sempre
Bandeirantes, 20h30.
  
(A River Runs Through It). EUA, 1992, 95 min. Direção: Robert Redford. Com Brad Pitt. O destino de dois irmãos, filhos de um pastor, no início do século.

Acertando as Contas com Papai
Record, 20h30.
 
(Getting Even With Dad). EUA, 1994, 108 min. Direção: Howard Deutsch. Com Macaulay Culkin. Filho esconde o dinheiro do pai ladrão e faz uma chantagem: caso não se comporte por uma semana, não verá mais o dinheiro.

O Último Boy Scout - O Jogo da Vingança
SBT, 22h30.
  
(The Last Boy Scout). EUA, 1991, 102 min. Direção: Tony Scott. Com Bruce Willis. A idéia é criar um filme de ação em torno de detetive (Willis) e ex-jogador de futebol americano que investigam a morte da namorada deste último.

Dupla Perseguição
Globo, 23h45.
 
(Mach 2). EUA, 2000, 94 min. Direção: Fred Olen Ray. Com Brian Bosworth. Homens a mando do vice-presidente, em disputa eleitoral com senador, seqüestram avião em que este se encontra junto com preciosos disquetes.

O Piano
Bandeirantes, 0h30.
   
(The Piano). Nova Zelândia, 1993, 122 min. Direção: Jane Campion. Com Holly Hunter, Harvey Keitel. Holly Hunter vai à Nova Zelândia em vista de casamento arranjado com um fazendeiro. A decepção é mais que previsível. O encontro com um rude nativo, menos.

A Vingança de Bette
Globo, 1h30.
 
(Cousin Bette). EUA, 1998, 108 min. Direção: Des McAnuff. Com Jessica Lange. Solteirona, Bette trama se casar com o marido de sua prima que está à beira da morte. Não conseguindo, irá vingar-se de toda a família.

Los Angeles, Cidade Proibida
SBT, 1h30.
    
(L.A. Confidential). EUA, 1997, 138 min. Direção: Curtis Hanson. Com Kevin Spacey. Policiais investigam submundo de Los Angeles, que não é tão sub assim, embora envolva drogas e prostituição.

Coisas de Casais
Globo, 3h15.
  
(Wishful Thinking). EUA,1997, 89 min. Direção: Adam Park. Com Drew Barrymore. Comédia dramática sobre os amores e problemas de uma moça pronta para o casamento e de um rapaz bem menos maduro.

Cachorro Divino
SBT, 4h.
 
(Oh, Heavenly Dog!). EUA, 1980, 103 min. Direção: Joe Camp. Com Chevy Chase. Um detetive que é assassinado volta à Terra em pele de cachorro e investiga a própria morte. (IA e Paulo Lima)

TV PAGA

Filmes de Antonioni fixam uma falsa realidade

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA


Qual a melhor maneira de fixar a realidade? O cinema, não há muita dúvida a respeito.
Mas por ser "melhor" não significa que consiga captar a realidade. Aliás, não é certo que a realidade exista nos filmes de Antonioni. Perdão: ela existe, mas é fugidia, como se não existisse.
Vejamos "O Eclipse": na Bolsa de Valores presta-se homenagem a um corretor morto. Um minuto de silêncio completo. Em seguida toca uma campainha e volta o barulho ensurdecedor do compra e vende de ações. A morte do companheiro passou. É como se sua vida nunca tivesse sido.
Passemos para "A Noite". Jeanne Moreau passeia por Roma carregando a dor da agonia do amigo e da agonia de seu amor. Ela vê rojões sendo lançados ao ar. Ela chama Marcello Mastroianni. Ele chega minutos depois. Não há mais nada. Não há rojões. O sentimento que ele e Jeanne Moreau poderiam partilhar naquele instante se dissipou. Não há nada.
"A Noite" se passa quase todo à noite, claro, mas convém não esquecer que o essencial é seu final: a madrugada, o nascer do sol, esse crepúsculo às avessas.
"O Eclipse" termina nesse crepúsculo. Quando as luzes da cidade se acendem e, no entanto, ainda não conseguem iluminar nada.
O cinema é o melhor modo de capturar o mundo, sem dúvida. Mas, como quando erramos o diafragma ao fazer uma foto, corremos o risco de, ao revelar as imagens, perceber que elas não conseguiram fixar nada.
Nem por isso se pode parar: a tarefa do cineasta é capturar esse mundo fugidio (ou ao menos tentar colocá-lo numa caixa). A nossa talvez seja perceber o quanto de emoção existe nesses filmes em que pouca coisa parece acontecer.


"O Eclipse" e "A Noite"
Quando: hoje, às 18h45 e às 21h, respectivamente, no Telecine Classic



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