JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Graças a uma bela coleção de cepas nativas e à habilidade dos seus vinhateiros, a península Ibérica é berço de alguns dos grandes vinhos europeus.
A tempranillo, por exemplo, brilha na Espanha em Rioja e Ribera Del Duero, sendo fonte de grandes tintos, tal como a touriga nacional, que reina em Portugal. Já no canto dos goles brancos, os dois países compartilham outro tesouro: a alvarinho.
No norte lusitano, ela é responsável pelos melhores exemplares da região dos vinhos verdes e, do outro lado da fronteira, em Rías Baixas, na Galícia, está por trás de vinhos igualmente leves e saborosos.
Condado de Tea, uma das sub-regiões de Rías Baixas, uma faixa de terra que acompanha o rio Minho, abriga a Pazo Pondal, adega espanhola que acaba de estrear no Brasil. A casa é jovem e pequena. Tem cerca de dez anos de existência, outros tantos hectares de vinhas e apenas dois brancos, ambos de uva albariño, é claro.
Um deles é o Leira, que na safra 2006 mostra aroma e sabor unindo toques minerais e frutas cítricas (como o limão), num paladar realçado por uma boa acidez (88/ 100, R$ 59,90). O outro é o Pazo Pondal, também 2006, um pouco mais denso em boca, mas igualmente vivaz, frutado (maçã, abacaxi) e persistente (89/100, R$ 69,90, ambos à venda na Wine Premium, tel. 0/xx/11/3040-3434).


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