São Paulo, sexta, 27 de março de 1998

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Gênero está em alta no país

da Equipe de Articulistas

O documentário brasileiro, historicamente relegado a segundo plano pela crítica e pelo público, vem ganhando novo alento, que tem a ver, aparentemente, com a demanda geral por novos dados para entender o país.
Nos últimos quatro anos foram realizados documentários sobre os mais diversos assuntos. Só sobre a região da Amazônia produziram-se dois ótimos longas-metragens: "No Rio das Amazonas", de Ricardo Dias, e "O Cineasta da Selva", de Aurélio Michiles.
Receberam retratos multifacetados figuras fundamentais da política, como o líder comunista Luís Carlos Prestes ("O Velho", de Toni Venturi), e da cultura, como os sambistas Nelson Sargento ("Nelson Sargento", de Estevão Pantoja) e Geraldo Filme ("Geraldo Filme", de Carlos Cortez).
De um poema de João Cabral de Melo Neto ("O Cão Sem Plumas") sobre o Capibaribe (em "Recife de Dentro para Fora", de Kátia Mesel) a uma comunidade de pescadores do Paraná ("Terra do Mar", de Eduardo Caron e Mirela Martinelli), tudo vira documentário nessa fase em que o país redescobre a si mesmo.
E este ano devem ser concluídos pelo menos dois longas-metragens documentais de grande impacto: "Fé", de Ricardo Dias (sobre religiosidade popular), e "Futebol", de João Moreira Salles, Arthur Fontes e Rudi Lagemann, que acompanha três jogadores: um iniciante, outro no auge e o outro aposentado. (JGC)


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