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Gênero está em alta no país
da Equipe de Articulistas
O documentário brasileiro, historicamente relegado a segundo
plano pela crítica e pelo público,
vem ganhando novo alento, que
tem a ver, aparentemente, com a
demanda geral por novos dados
para entender o país.
Nos últimos quatro anos foram
realizados documentários sobre
os mais diversos assuntos. Só sobre a região da Amazônia produziram-se dois ótimos longas-metragens: "No Rio das Amazonas",
de Ricardo Dias, e "O Cineasta da
Selva", de Aurélio Michiles.
Receberam retratos multifacetados figuras fundamentais da política, como o líder comunista Luís
Carlos Prestes ("O Velho", de Toni Venturi), e da cultura, como os
sambistas Nelson Sargento ("Nelson Sargento", de Estevão Pantoja) e Geraldo Filme ("Geraldo Filme", de Carlos Cortez).
De um poema de João Cabral de
Melo Neto ("O Cão Sem Plumas") sobre o Capibaribe (em
"Recife de Dentro para Fora", de
Kátia Mesel) a uma comunidade
de pescadores do Paraná ("Terra
do Mar", de Eduardo Caron e Mirela Martinelli), tudo vira documentário nessa fase em que o país
redescobre a si mesmo.
E este ano devem ser concluídos
pelo menos dois longas-metragens documentais de grande impacto: "Fé", de Ricardo Dias (sobre religiosidade popular), e "Futebol", de João Moreira Salles, Arthur Fontes e Rudi Lagemann, que
acompanha três jogadores: um
iniciante, outro no auge e o outro
aposentado.
(JGC)
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