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DOCUMENTÁRIO
Festival apresenta
seleção mundial
CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio
Com dois lançamentos mundiais
e mais 33 documentários exibidos
-e premiados- em festivais pelo
mundo, começa hoje no CCBB
(Centro Cultural Banco do Brasil,
no centro do Rio) a terceira edição
de "É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários".
"Tinta Vermelha" (1998), dos
argentinos Marcelo Céspedes e
Carmem Guarini, é um dos lançamentos. A rotina de uma redação
de jornal é o tema do filme da dupla de documentaristas.
O outro lançamento do festival é
"Geraldo Filme", um documentário de 52 minutos do diretor brasileiro Carlos Cortez. A história de
Filme, compositor paulista, é usada para uma análise do universo
do samba em São Paulo.
"É Tudo Verdade" acontece de
forma quase simultânea no Rio e
em São Paulo. No Rio, os filmes
serão exibidos até o dia 2 de abril.
Em São Paulo, o festival começa
segunda-feira e se estende até 5 de
abril, com sessões no Cinesesc e
no Museu da Imagem e do Som.
O festival foi dividido em três
mostras -duas delas competitivas. Na competição internacional,
serão exibidos 18 documentários.
Na competição nacional, serão
apresentados nove. Há ainda uma
retrospectiva da obra do diretor
dinamarquês Jon Bang Carlsen,
com a exibição de oito filmes.
Entre os competidores da mostra internacional estão três filmes
brasileiros, selecionados pelos organizadores do festival entre os
quase 200 trabalhos -nacionais e
internacionais- inscritos.
Além do média-metragem "Geraldo Filme", estão na competição
internacional "O Cineasta da Selva", de Aurélio Michiles, e "Nelson Sargento", de Estevão Pantoja. Os três também participam da
competição nacional.
"A intenção era ter filmes brasileiros na competição internacional, por isso os três documentários participam das duas mostras", explicou Amir Labaki, diretor do festival.
Os 18 filmes da competição internacional disputam um prêmio
de US$ 5.000 -mesmo valor do
prêmio em disputa pelos nove filmes que participam da competição nacional.
Entre os destaques da mostra internacional está "Homem de Visão", do australiano radicado na
Suécia William Long, que abre o
festival. Long conta as histórias de
um esquimó que, aos 87 anos, caça ursos polares e vê o desaparecimento de sua cultura -mas de
forma bem-humorada.
Outro destaque é "Amsterdam
Global Village", do holandês Johan van der Keuken. Com quatro
horas de duração, o documentário
é um épico onde Keuken retrata as
várias nacionalidades e "tribos"
que vivem em Amsterdã. O filme
recebeu o primeiro prêmio do Festival de Munique.
"Mas, Afinal, Quem é Juliette?"
(México, 1997), de Carlo Marcovich, foi o vencedor da competição latina da edição passada do
Sundance e do prêmio da crítica
internacional em Havana.
Marcovich acompanhou a história de uma adolescente cubana de
16 anos que se prostitui para conseguir comprar bens. O filme
acompanha o personagem em situações como seu reencontro com
o pai, que a havia abandonado aos
6 meses de vida, ao emigrar para
os Estados Unidos.
"Assumindo o Passado" (EUA,
1996), de Jeff Dupre, é outro premiado em Sundance. Dupre mostra a história de cinco personagens
-gays e lésbicas- da história
americana nos últimos 300 anos.
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