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Crítica
"Gladiador" traz questão próxima de nós
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não falta neste mundo quem
não tome Ridley Scott por um
grande artista. O que ele fez para merecer tal fama? A rigor, de
excepcional, o que ele fez, há
quase 30 anos, foi "Alien"
(1979) e "Blade Runner""
(1982).
Depois? Bem, houve desde os
insípidos "1492" e "Cruzada"
até coisas inacreditáveis, como
"A Lenda", uma seqüência deplorável de "O Silêncio dos Inocentes" ou o recente "Um Bom
Ano".
Sua reputação resiste a tudo
isso. E, de repente, ele emplaca
um megasucesso como "Gladiador" (Telecine Pipoca,
17h05). Há certo gênio neste
filme, embora não seja o que eu
aprecio.
O certo é que na virada do milênio parece que todo mundo
queria ver um novo filme sobre
Roma e seus costumes.
O filme emplacou formidavelmente. O que existe ali? Certamente, a constatação de que a
Roma pós-Marco Aurélio era
um campo de batalha. Lutar para sobreviver era a questão do
gladiador. Uma questão bem
próxima de nós, na verdade.
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