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Lygia Clark é destaque de leilão na Inglaterra
Obras brasileiras arrecadaram 1 milhão em evento com peças de países do Bric
Fechamento de espaço aéreo europeu desfalcou lote e impediu chegada de trabalhos de Nelson Leirner e Artur Barrio, entre outros
JÚLIA BOLLIGER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LONDRES
A escultura "Bicho", da série
de Lygia Clark, foi a mais disputada e a quarta maior venda do
leilão de peças dos países do
Bric (Brasil, Rússia, Índia e
China), que aconteceu na sexta
e no sábado em Londres.
Os lances superaram rapidamente o preço máximo de
220 mil (aproximadamente R$
591,8 mil) em que foi avaliada,
fechando em 367,2 mil (R$
987,7 mil), um dos mais altos da
primeira noite.
O evento aconteceu na Saatchi Galery e foi organizado pela
casa russa Phillips de Pury.
Com o salão lotado para a primeira venda, dezenas de assistentes disputaram ao telefone
lances em nome de grandes colecionadores.
De todo o leilão, o maior arremate foi o do quadro russo "Entrance-No Entrance", de Erik
Bulatov, vendido por 713,2
mil (R$ 1,9 milhão), seguido por
"Meeting Between Solzhenitsyn and Böll at Rostropovich's Country House", de Komar & Melamid, arrematado
sob aplausos por 657,2 mil
(R$ 1,76 milhão), cerca de quatro vezes o preço estimado.
No total, os rendimentos foram de cerca de 7,1 milhões
(R$ 19 milhões).
Os outros destaques brasileiros da primeira noite foram
"Maria, Esmeraldo, Pomela,
Nacimento, Valdelios e Amildala", da dupla Osgemeos, e um
dos "Metaesquemas", de Hélio
Oiticica. O quadro dos grafiteiros foi arrematado por lance de
37,2 mil (R$ 100 mil) e o de
Oiticica, por 103,2 mil (R$
276,5 mil), ambos acima do valor esperado.
No sábado, quem queria ver
obras de Lygia Pape, Cildo Meireles ou Wesley Duke Lee foi
prejudicado, pois as cinzas do
vulcão Eyjafjallajokull impediram o embarque de lotes brasileiros. Trabalhos de Artur Barrio, Nelson Leiner, Carmela
Gross, Mira Schendel e Miguel
Rio Branco ficaram de fora.
Quanto aos outros, um dos
mais disputados foi "Sideboard", do designer Giuseppe
Scapinelli, avaliado em até 5
mil (R$ 13,5 mil) e vendido por
21,2 mil (R$ 57 mil). A maior
venda dos lotes brasileiros (a
sexta de todo o evento) foi
"Mulatas", de Di Cavalcanti, arrematada por 265,2 mil (R$
713,4 mil), recorde para um trabalho em papel do artista.
Beatriz Milhazes teve o quadro "Sábado" vendido por 11,2
mil (R$ 30,3 mil) e o maior arremate por uma obra de Vik
Muniz foi de 20 mil (R$ 54,2
mil), por "Pelé" -da série "Jogadores de Futebol".
Prejudicada pela ausência de
obras, a venda das peças brasileiras teve renda total de 1,1
milhão (R$ 3 milhões). A China
rendeu 2,9 milhões (R$ 7,8
milhões); a Rússia, 2,3 milhões (R$ 6,2 milhões), e a Índia, 806,2 mil (R$ 2,2 milhões). Os lotes ausentes serão
leiloados em data a definir.
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