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Esporte
Futebol da África ganha registro datado
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL
Época de Copa, o telespectador já sabe: é praticamente impossível fugir da avalanche futebolística. Mesas-redondas,
entrevistas e melhores momentos monopolizam a TV.
E aí até canais pagos não-esportivos entram na onda, como
o History Channel, que exibe
hoje dois programas da série
"Gigantes Adormecidos", sobre
o futebol africano.
Pior do que uma overdose
monotemática é a péssima qualidade do conteúdo que ela
martela. Os problemas de "Gigantes" começam na idade: o
filme é anterior à Copa de 1994,
ou seja, ignora a sensação nigeriana de 98, a ascensão senegalesa em 2002 e a decisão de sediar uma Copa na África.
Mas o principal problema é
agrupar um continente imenso
sob a alcunha de "futebol africano", o mesmo que igualar
Brasil, Chile, Argentina e Peru.
A partir da generalização, o
telespectador "conhece" estilos
de jogo tão diversos quanto os
de Marrocos e Nigéria, Gana e
Moçambique. Todos são igualados pelos estereótipos usuais:
futebol alegre, torcida festiva...
A gota d'água para os brios do
torcedor brasileiro é o patriotismo colonizador inglês, que
transforma o "habilidoso" Stanley Matthews em referência
do futebol africano, o homem
branco que ensinou os negros a
driblar. Coisa triste para um esporte cuja maior glória é Pelé.
GIGANTES ADORMECIDOS
Quando: hoje, às 21h
Onde: History Channel
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