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Coleção traz canções praieras
e voz grave de Dorival Caymmi
Livro-CD, nas bancas no domingo, destaca compositor baiano
DE SÃO PAULO
Mais fácil seria listar quem
não o gravou, mas entre os
principais intérpretes de Dorival Caymmi estão Carmen
Miranda, João Gilberto, Gal
Costa, Anjos do Inferno e Maria Bethânia.
Desde o fim dos anos 1930
até hoje, Caymmi é um dos
nomes mais influentes da
música brasileira, com sua
sensibilidade, humor, ritmo
baiano, voz grave e canções
lapidarmente simples.
É dedicado a ele o 12º volume da Coleção Folha Raízes
da Música Popular Brasileira, nas bancas no domingo.
Caymmi nasceu em Salvador em 1914. Cresceu ouvindo rádio, músicas baianas,
formando conjuntos e compondo as primeiras canções.
Em 1938 embarcou para o
Rio de Janeiro e já em 1939 se
destacou: Carmen Miranda
cantava sua canção "O que É
que a Baiana Tem?", em dueto com o autor, no filme "Banana da Terra".
A partir daí foi muito gravado pelos Anjos do Inferno,
Dick Farney, Trio de Ouro,
Orlando Silva. Depois, João
Gilberto, Gal, Bethânia, Gilberto Gil, Nana Caymmi.
Gravou também uma série
de discos solo, entre os anos
1950 e 1970. Continuou compondo, lenta e caprichosamente, até sua morte, em 16
de agosto de 2008.
Escreveu sambas-canções, canções praieras, cantos para Xangô e Mãe Menininha do Gantois. Entre as
mais famosas, "É Doce Morrer no Mar", "Acontece que
Eu Sou Baiano" e "Vatapá".
O compositor e documentarista Aluisio Didier é o autor do livro sobre Caymmi,
que vem com biografia, discografia, letras e fotos.
O CD acompanhante traz
"O que É que a Baiana
Tem?", com Caymmi e Carmen Miranda, "Marina",
com Dick Farney e "Maracangalha", com Tom Jobim, entre outros sucessos.
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