São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 2011 |
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Épico americano Autor de "Liberdade", saga familiar lançada no Brasil, Jonathan Franzen confirma presença na Flip em 2012
ÁLVARO FAGUNDES DE NOVA YORK Jonathan Franzen, 51, tem quatro livros de ficção, o suficiente para ganhar a capa da revista "Time" em 2010 e ser chamado de o grande romancista americano. O mais recente, o premiado "Liberdade", que chega agora ao Brasil, é um épico sobre uma família do Meio-Oeste dos anos 80 até a era George W. Bush (2001-2009). Na entrevista, Franzen fala de suas inspirações e do convívio com novas tecnologias. Folha - Antes de falar sobre o livro, o sr. vai à Flip de 2012? Jonathan Franzen - Sim, eu já me comprometi. O Luiz Schwarcz [dono da Companhia das Letras] é muito persuasivo. Também sou ornitófilo e o Brasil é um ótimo lugar para ver pássaros. O sr. já criticou a TV e outras mídias, mas elas foram incorporadas à sua narrativa. Como elas afetam seu trabalho? Eu me isolo delas. Quando estou trabalhando, não tem música, internet. Gosto delas, mas distraem facilmente. Porém não vejo a razão do Twitter e o Facebook me irrita. Já o e-mail é uma invenção maravilhosa, e abrandei minha posição sobre a TV. Algumas séries se desenvolvem como os grandes folhetins do século 19. Em "Liberdade", o sr. menciona mais de uma vez "Guerra e Paz". Tem outros livros que o inspiraram? Quando estava travado, um livro que me faz andar foi "O Teatro de Sabbath", de Philip Roth. Pensei muito em Stendhal, Tolstói e em Alice Munro, gênia canadense. Em época de Twitter e SMS, tudo parece estar mais curto. O seu livro é o oposto, tem mais de 500 páginas e foi um sucesso. Como se explica? Não acredito que as pessoas que gostam de ler livro queiram um romance curto. Exatamente porque estamos numa era com tantas distrações, a exigência sobre os romances é maior. Não dá para deixar passar partes que não funcionam. Caso contrário, o livro nunca será lido. Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: "Ele ainda é meu chapa", diz Franzen sobre Obama Índice | Comunicar Erros |
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