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Herkenhoff vai para o MoMA
FERNANDO OLIVA
da Redação
Nos 70 anos de vida do MoMA, o
curador Paulo Herkenhoff é o primeiro curador latino-americano a
ser convidado a deixar seu país e
integrar o quadro do museu.
Curador da última Bienal de São
Paulo, Herkenhoff assume em setembro, por um período de três
anos, renováveis, o cargo de curador-adjunto no Departamento de
Pintura e Escultura do Museu de
Arte Moderna de Nova York.
Em entrevista à Folha, por telefone, Herkenhoff insistiu que sua
função não é fortalecer a coleção
latino-americana do MoMA, mas
promover sua inserção inteligente
nas mostras que o museu promove. "O MoMA não trabalha com
histórias regionais, embora entenda que precise fortalecer seu conhecimento sobre a América Latina", afirma. "Tenho horror à idéia
de se criar um gueto, um reduto da
arte latina dentro do museu."
"O meu papel", continua, "é levar para o museu a idéia de que a
América Latina integra o fundo
histórico contemporâneo da arte".
Por exemplo? "Mira Schendel e
Lygia Clark. Não é a América Latina que está mal representada pela
falta de Mira e Lygia, mas o projeto
construtivo da arte é que está incompleto no acervo do MoMA."
A primeira ação do curador será
trabalhar com a obra construtiva
do artista plástico Geraldo de Barros, morto no ano passado.
O museu nova-iorquino é dono
da maior coleção de pintura e escultura modernas do mundo: cerca de 3.200 obras.
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