São Paulo, Quinta-feira, 27 de Maio de 1999
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Herkenhoff vai para o MoMA

FERNANDO OLIVA
da Redação

Nos 70 anos de vida do MoMA, o curador Paulo Herkenhoff é o primeiro curador latino-americano a ser convidado a deixar seu país e integrar o quadro do museu.
Curador da última Bienal de São Paulo, Herkenhoff assume em setembro, por um período de três anos, renováveis, o cargo de curador-adjunto no Departamento de Pintura e Escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York.
Em entrevista à Folha, por telefone, Herkenhoff insistiu que sua função não é fortalecer a coleção latino-americana do MoMA, mas promover sua inserção inteligente nas mostras que o museu promove. "O MoMA não trabalha com histórias regionais, embora entenda que precise fortalecer seu conhecimento sobre a América Latina", afirma. "Tenho horror à idéia de se criar um gueto, um reduto da arte latina dentro do museu."
"O meu papel", continua, "é levar para o museu a idéia de que a América Latina integra o fundo histórico contemporâneo da arte". Por exemplo? "Mira Schendel e Lygia Clark. Não é a América Latina que está mal representada pela falta de Mira e Lygia, mas o projeto construtivo da arte é que está incompleto no acervo do MoMA."
A primeira ação do curador será trabalhar com a obra construtiva do artista plástico Geraldo de Barros, morto no ano passado.
O museu nova-iorquino é dono da maior coleção de pintura e escultura modernas do mundo: cerca de 3.200 obras.


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