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Saraus voltam a reunir literatos
DO ENVIADO A PORTO ALEGRE
Se o Concurso de Miss Cultura
para trechos literários é algo provavelmente sem precedentes na
literatura brasileira, os saraus
-tradição antiga no cenário da
literatura mundial e nacional-
parecem estar ganhando cada vez
mais força nas cidades brasileiras.
"A história da literatura está repleta deles, e agora estamos voltando à prática", diz Marcelo Carneiro da Cunha, lembrando que
boa parte dos textos antigos começa com expressões como "Esta
história que você vai ouvir..."
Porto Alegre é também centro
dessa atividade, contando com
aquele que talvez seja o maior do
país, o Sarau Elétrico, criado pela
jornalista Katia Suman. Promovido há cerca de cinco anos no Bar
Ocidente, toda terça-feira, já chegou a reunir mais de 300 espectadores.
São Paulo não fica atrás. O Sarau do Charles, que vai completar
dez anos, localizado num galpão
aos fundos da casa 921 da rua
Harmonia (Vila Madalena), tem a
sua própria maneira de descontrair. Intercalada à leitura de poemas, há apresentações musicais,
circenses e teatrais. O próximo se
realizará no dia 16 de julho, das
23h às 5h.
Não tão distante dali, a pequena
Livraria da Esquina (rua Caetés,
489, Perdizes) recebe escritores,
no fim da tarde, em sarau organizado pelo contista Claudinei Vieira. Já passaram por lá autores como Ivana Arruda Leite, Indigo e
Tony Monti. O próximo ocorre
no dia 30 de julho.
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