São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Super-Homem é Jesus Cristo, quer as pessoas o chamem assim ou não"

DE WASHINGTON

Leia a seguir trechos da entrevista que Stephen Skelton, autor de "The Gospel According to the World's Greatest Superhero", deu à Folha por telefone. (SD)

 

FOLHA - O sr. diz que todos os super-heróis são baseados no "herói original". Como assim?
STEPHEN SKELTON -
A única razão pela qual uma figura salvadora como o Super-Homem toca tão profundamente as pessoas é que a imagem de alguém que veio para salvar a humanidade já está gravada em nós desde sempre. É Jesus Cristo, quer as pessoas o chamem assim e percebam que estão falando dele ou não.

FOLHA - O sr. acha que o adolescente médio que vai assistir a "Superman - O Retorno" perceberá essa mensagem cristã?
SKELTON -
Acho que sim, mesmo que não conscientemente. Pense no apelo duradouro do Super-Homem diante de milhares de outros super-heróis que apareceram e sumiram nos últimos 70 anos. Por que somente ele perdura, por que ele é mais popular hoje do que quando foi criado? É por conta das semelhanças bíblicas.

FOLHA - Se a "Bíblia" fosse publicada hoje, haveria lugar para essas histórias da cultura pop?
SKELTON -
Sim. Na verdade, podemos ir ao "Novo Testamento" e achar exemplos disso. Paulo usou histórias populares, que hoje chamaríamos de pagãs. Estou pensando especificamente em "Atos dos Apóstolos", capítulo 17, versículo 23, em que ele cita o "Hino a Zeus".

FOLHA - O sr. é conhecido por usar episódios de "Bonanza", "A Família Buscapé" e outros seriados em seus estudos bíblicos...
SKELTON -
Quando uso esses programas, busco verdades espirituais. Por exemplo, uso a família Clampett de "Buscapé" para ensinar a humildade.


Texto Anterior: Nos braços de DEUS
Próximo Texto: Mônica Bergamo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.