Ópera mostra figurinos de montagem do Rio e traz a soprano Edna D'Oliveira

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Tem ópera boa novamente na praça. O teatro São Pedro estréia hoje -com outras duas récitas previstas para o sábado e o domingo- "O Elixir do Amor", de Gaetano Donizetti (1797-1848), com libreto de Felice Romani e que estreou em Milão, em 1832.
"O Elixir" é uma comédia desafetada, em que o simplório Nemorino se apaixona por Adina, que em situações normais jamais responderia a seus apelos de sedução. Um elixir resolve o problema, e Nemorino acaba conquistando o coração de sua difícil amada.
O público ainda tem direito a uma das árias mais conhecidas do repertório italiano, "Una Furtiva Lagrima".
Com a direção artística de Paulo Esper, a produção traz a Sinfônica Jovem de Guarulhos, regida por Emiliano Patarra.
A direção cênica é do veterano italiano Enzo Dara, que esteve em São Paulo em 1997 para dirigir um "Barbeiro de Sevilha", de Rossini, e que, como barítono, fez o papel de Dulcamara, num "Elixir" montado no Teatro Municipal.
Ainda no capítulo cinco estrelas: o São Pedro trouxe os figurinos da produção de 2004 do Municipal do Rio. E Adina será cantada pela soprano Edna D'Oliveira, que atravessa um momento muito feliz e diversificado de sua carreira.
Não será este seu primeiro "Elixir". Ela já o encenou, mas num papel menor, o de Giannetta. "Tento fazer o melhor que posso musicalmente. Mas, ao mesmo tempo, eu quero ser feliz, quero me divertir. Não adianta pisar no palco só para dizer que tem voz. Não vira artista. Vira reprodutor vocal", diz a soprano.