São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

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Londres ganhará museu de arquitetura futurista

Prédio anexo à Tate Modern deverá ficar pronto em 2012, ano das Olimpíadas

Construção será erguida nos fundos da atual galeria e vai expandir em 60% a área total; edifício terá o formato de uma pirâmide cubista


MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

O museu de arte moderna mais visitado do mundo, a Tate Modern, em Londres, anunciou anteontem a construção de um prédio anexo para expandir sua área total em 60% até 2012.
Orçado em 215 milhões de libras (cerca de R$ 870 milhões), o novo prédio tem como objetivo atender à crescente demanda de público -projetada para receber 1,8 milhão de visitantes por ano, a galeria recebe atualmente mais de 4 milhões.
O anexo será erguido nos fundos da atual galeria, na parte sul, abrindo uma nova entrada principal. O edifício terá o formato de uma pirâmide cubista de 70 m de altura, com blocos retangulares de vidro dispostos de modo irregular.
A obra foi projetada pelos arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, os mesmos que criaram o prédio original, em 2000, na margem sul do rio Tâmisa, a partir de uma antiga estação de energia.
Segundo o diretor da Tate Modern, Nicholas Serota, a nova área do museu dará espaço para performances e instalações em vídeo e outras mídias. Serota destacou que a Tate pretende investir mais em obras de arte moderna de regiões como a América Latina e a Ásia.

Século 21
O desenho futurista do novo prédio está ligado à idéia de construir um museu "para a Inglaterra do século 21". "O milênio não trouxe novas instituições de arte para a cidade, acho que Londres seria triste se os únicos edifícios modernos fossem comerciais", disse Serota.
Além das novas áreas de exposição, o museu ganhará seis cafés e restaurantes, além de um terraço no último andar do edifício, com vista panorâmica.
A inauguração da nova Tate Modern está prevista para coincidir com o ano das Olimpíadas de Londres, 2012. A prefeitura local anunciou que vai investir 7 milhões de libras na obra e que o restante viria de parcerias com a iniciativa privada, ainda em negociação.


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