São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

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Compra de 18 obras de seus curadores abala a reputação da instituição inglesa

DE LONDRES

Em um escândalo que abalou a reputação da instituição, a Tate foi denunciada neste mês por conflito de interesse, por ter desrespeitado a lei ao comprar obras de artistas que faziam parte de seu comitê de curadores.
Segundo a Comissão de Caridade britânica -órgão que regula as ações de instituições de caridade, como a Tate-, em março de 2004, a galeria pagou 600 mil libras (cerca de R$ 2,4 milhões) pela obra "The Upper Room", do artista plástico Chris Ofili, um dos curadores da Tate na época.
Por lei, os artistas que fazem parte do comitê de curadores da galeria não podem receber dinheiro da instituição sem autorização expressa da Comissão de Caridade. A Tate desrespeitou tal regra no caso de Ofili e em outras 17 aquisições nos últimos 50 anos.
Outro problema apontado pela comissão foi a falta de uma avaliação independente para estabelecer o preço pago pelas obras de artistas-curadores.
Apesar de recomendar que a Tate reestruture sua política de aquisições, a comissão afirmou que os trabalhos adquiridos continuarão na galeria. (MAC)


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