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Compra de 18 obras de seus curadores abala a reputação da instituição inglesa
DE LONDRES
Em um escândalo que abalou
a reputação da instituição, a
Tate foi denunciada neste mês
por conflito de interesse, por
ter desrespeitado a lei ao comprar obras de artistas que faziam parte de seu comitê de curadores.
Segundo a Comissão de Caridade britânica -órgão que regula as ações de instituições de
caridade, como a Tate-, em
março de 2004, a galeria pagou
600 mil libras (cerca de R$ 2,4
milhões) pela obra "The Upper
Room", do artista plástico
Chris Ofili, um dos curadores
da Tate na época.
Por lei, os artistas que fazem
parte do comitê de curadores
da galeria não podem receber
dinheiro da instituição sem autorização expressa da Comissão de Caridade. A Tate desrespeitou tal regra no caso de Ofili
e em outras 17 aquisições nos
últimos 50 anos.
Outro problema apontado
pela comissão foi a falta de uma
avaliação independente para
estabelecer o preço pago pelas
obras de artistas-curadores.
Apesar de recomendar que a
Tate reestruture sua política de
aquisições, a comissão afirmou
que os trabalhos adquiridos
continuarão na galeria.
(MAC)
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