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Coleção Folha exibe a riqueza da arte grega
Edição sobre o Museu Arqueológico Nacional, em Atenas, sai no próximo domingo
Instituição aborda 11 séculos de história: das origens da sociedade grega, no século 7 a.C., ao período romano tardio, no século 4
DA REPORTAGEM LOCAL
São mais de 20 mil peças,
reunindo o mais importante
conjunto de obras da cultura
grega. O Museu Arqueológico
Nacional, localizado em Atenas, é o tema do volume 9 da
Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às
bancas no próximo domingo.
Caminhar por entre a coleção de esculturas dessa instituição é atravessar pelo menos
11 séculos de história: das origens da sociedade grega, no século 7 a.C., ao período romano
tardio, no século 4.
Entre pinturas, esculturas e
objetos, é possível conhecer
elementos de uma cultura que
teve papel decisivo na determinação dos peculiares alicerces
da civilização ocidental.
O museu que abriga todo esse
acervo tem sua origem diretamente ligada à independência
da Grécia. Depois de séculos
sob o domínio do Império Otomano, os gregos se insurgiram
em 1821, dando início a uma
longa guerra, que culminou
com o reconhecimento de sua
autonomia, em 1829.
No mesmo ano, no edifício do
Orfanato, na ilha de Egina, o
Museu Arqueológico foi fundado por Ioannis Antonios Kapodistrias (1776-1831), o primeiro
chefe de Estado da Grécia independente.
Em 1834, Atenas foi proclamada a capital do novo país, e,
três anos depois, as melhores
peças do museu de Egina, bem
como a maior parte dos achados provenientes das várias regiões do país (os de alguns centros particularmente importantes, como Delfos, Olímpia e
Creta) foram concentrados na
cidade e organizados em alguns
edifícios históricos.
O museu só passou a ocupar
sua sede atual, contudo, em
1889, quando finalmente se
concluíram as obras iniciadas
em 1874, sob a supervisão do
arquiteto e pintor Ludwig Lange. Desde então, o prédio sofreu
diversas reformas, modificações e ampliações, para dar
conta de abrigar um acervo que
só fazia crescer com a evolução
das escavações e descobertas
arqueológicas.
O volume 9 da Coleção Folha
procura retratar a riqueza deste acervo, mostrando desde um
vaso esférico do período neolítico (5300-4800 a.C.) até uma
cabeça masculina em mármore, datada do século 2.
Se os deuses gregos se fazem
representar com imponentes
esculturas de Posseidon e Afrodite, o domínio romano apresenta-se com uma estátua em
cobre do imperador Otávio Augusto, datada de 10 a.C, na qual
o monarca, de rosto anguloso, é
retratado com expressão dura,
cruel e quase escarnecedora.
Além de esculturas e objetos,
é possível conhecer também a
delicada pintura grega, presente em itens como o "Painel de
Pitsa", têmpera sobre madeira
do período de 540-530 a.C.
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