São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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Coleção Folha exibe a riqueza da arte grega

Edição sobre o Museu Arqueológico Nacional, em Atenas, sai no próximo domingo

Instituição aborda 11 séculos de história: das origens da sociedade grega, no século 7 a.C., ao período romano tardio, no século 4

DA REPORTAGEM LOCAL

São mais de 20 mil peças, reunindo o mais importante conjunto de obras da cultura grega. O Museu Arqueológico Nacional, localizado em Atenas, é o tema do volume 9 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às bancas no próximo domingo.
Caminhar por entre a coleção de esculturas dessa instituição é atravessar pelo menos 11 séculos de história: das origens da sociedade grega, no século 7 a.C., ao período romano tardio, no século 4.
Entre pinturas, esculturas e objetos, é possível conhecer elementos de uma cultura que teve papel decisivo na determinação dos peculiares alicerces da civilização ocidental.
O museu que abriga todo esse acervo tem sua origem diretamente ligada à independência da Grécia. Depois de séculos sob o domínio do Império Otomano, os gregos se insurgiram em 1821, dando início a uma longa guerra, que culminou com o reconhecimento de sua autonomia, em 1829.
No mesmo ano, no edifício do Orfanato, na ilha de Egina, o Museu Arqueológico foi fundado por Ioannis Antonios Kapodistrias (1776-1831), o primeiro chefe de Estado da Grécia independente.
Em 1834, Atenas foi proclamada a capital do novo país, e, três anos depois, as melhores peças do museu de Egina, bem como a maior parte dos achados provenientes das várias regiões do país (os de alguns centros particularmente importantes, como Delfos, Olímpia e Creta) foram concentrados na cidade e organizados em alguns edifícios históricos.
O museu só passou a ocupar sua sede atual, contudo, em 1889, quando finalmente se concluíram as obras iniciadas em 1874, sob a supervisão do arquiteto e pintor Ludwig Lange. Desde então, o prédio sofreu diversas reformas, modificações e ampliações, para dar conta de abrigar um acervo que só fazia crescer com a evolução das escavações e descobertas arqueológicas.
O volume 9 da Coleção Folha procura retratar a riqueza deste acervo, mostrando desde um vaso esférico do período neolítico (5300-4800 a.C.) até uma cabeça masculina em mármore, datada do século 2.
Se os deuses gregos se fazem representar com imponentes esculturas de Posseidon e Afrodite, o domínio romano apresenta-se com uma estátua em cobre do imperador Otávio Augusto, datada de 10 a.C, na qual o monarca, de rosto anguloso, é retratado com expressão dura, cruel e quase escarnecedora.
Além de esculturas e objetos, é possível conhecer também a delicada pintura grega, presente em itens como o "Painel de Pitsa", têmpera sobre madeira do período de 540-530 a.C.


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