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Em 1977, tese provou papel dos EUA no golpe
DE SÃO PAULO
Uma das polêmicas de
"Brasil: de Getúlio a Castello (1930-64)" é a participação do governo dos EUA
no golpe de 1964. Quando
saiu no Brasil, o livro de
Skidmore negava a interferência da Casa Branca na
deposição de João Goulart
(1961-64) da Presidência.
O embaixador americano na ocasião, Lincoln
Gordon (1913-2009), sempre negou, mas foi desmentido pelos fatos a partir de 1977.
Naquele ano, foi publicada a dissertação de mestrado de Phyllis R. Parker
comprovando que a Casa
Branca havia mandado
uma força-tarefa naval em
apoio ao golpe.
Segundo Moniz Bandeira, Phyllis pediu a desclassificação de documentos
para sua pesquisa. Quando os recebeu, completa
James Green, mostrou ao
orientador, que viu neles
uma "mina de ouro".
Ela tinha descoberto os
papéis que comprovavam
a intervenção dos EUA
-negada com veemência
até então. Era a chamada
operação Brother Sam.
Segundo Green, a operação era um "plano militar de contingência desenvolvido pelo Pentágono e
pela Casa Branca" deflagrada em março de 1964.
Se fosse necessário, ajudaria os golpistas de 64 a
conter eventual resistência de Jango.
No Brasil, quem primeiro usou esses documentos
foi o jornalista Marcos Sá
Corrêa, afirma Bandeira,
que por sua vez escreveu
"O Governo João Goulart
-As Lutas Sociais no Brasil
(1961-1964)" com base
nessa documentação.
(LEk)
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