das agências internacionais

O soulman Curtis Mayfield, um dos nomes mais importantes da black music norte-americana, morreu às 7h20 de ontem (horário local), aos 57 anos, em Roswell, na Geórgia (EUA). A pedido da família, não foram divulgadas as causas da morte.
Ele nasceu em Chicago e começou a cantar aos 7. Iniciou sua carreira profissional em 1957, quando formou o grupo vocal de rhythm'n" blues Alpha Tones. No ano seguinte, integraria o The Impressions, com Jerry Butler, Arthur Brooks, Richard Brooks e Sam Gooden. Com o grupo, foi responsável por sucessos como "Gypsy Woman" e "He Will Break Your Heart".
Nos 60, ajudou a definir o que ficou conhecido como soul de Chicago, que rivalizava com a Motown, sediada em Detroit. Dessa época são hits como "It's All Right" e "People Get Ready".
Em 1970, iniciou carreira solo que teve auge dois anos depois, com a trilha sonora de "Superfly", ligado à estética dos filmes de "blaxploitation", que vendeu mais de 1 milhão de cópias e recebeu quatro indicações ao Grammy à época.
Como produtor, foi responsável por sucessos de trilhas sonoras como "Claudine" (74), com Gladys Knight & The Pips, e "Let's Do It Again" (75), com Staple Singers. Produziu dois álbuns de Aretha Franklin, "Sparkle" (76) e "Almighty Fire" (78).
Em 78, chegou a se aproximar da estética da discothèque, no álbum "Do It All Night", que abriu período de relativo declínio de sucesso e prestígio.
Em 1990, Mayfield sofreu um grave acidente durante uma apresentação. Um poste de luz caiu sobre ele, deixando-o tetraplégico.
Em 1994, artistas como Aretha Franklin, Eric Clapton, Gladys Knight, Elton John, Isley Brothers, Bruce Springsteen e Whitney Houston participaram de um tributo a Mayfield.
Ele voltou a gravar em 1996, quando lançou o álbum "New World Order". O álbum incluía a regravação de "We People Who Are Darker Than Blue", lançada originalmente no primeiro disco solo de Mayfield, agora com participação de Aretha Franklin e Mavis Staples.
Neste ano, foi admitido no Rock and Roll Hall of Fame, por seu trabalho solo (em 1991, fora a vez dos Impressions), e "New World Order" recebeu três indicações para o Grammy.



Texto Anterior: Fernando Gabeira: Berlim, um ensaio para o século 21
Próximo Texto: Análise: Músico sobrevive ao próprio destino
Índice