São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2002

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Cordel homenageia prefeito Celso Daniel

GUILHERME AZEVEDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A lira nordestina também chora a morte do prefeito Celso Daniel. Os poetas do povo Klévisson Viana, 29, e Téo Azevedo, 58, terminaram de imprimir na quarta-feira "A Peleja de São Paulo com o Monstro da Violência", um cordel escrito sob o impacto do assassinato do líder de Santo André.
Klévisson, cordelista e cartunista de Quixeramobim (CE) e morador de Fortaleza, veio para São Paulo no domingo em que Daniel foi encontrado morto. A idéia de transformar o episódio em cordel foi do radialista Assis Ângelo, que comanda o programa "São Paulo Capital Nordeste", na Capital AM.
A história por trás do folheto, de oito páginas e 31 estrofes, quase vale um cordel. Ele começou a ser feito por Klévisson, segunda pela manhã. De tarde, ocorreu o blecaute que "apagou" São Paulo e outros Estados. E também boa parte do trabalho digitado.
O poeta, autor de mais de 30 folhetos e dono da editora cearense Tupynanquim, especializada em cordéis, começou o cordel sozinho. Mais tarde, quando continuava a composição, agora acompanhado do cantador mineiro Téo Azevedo, Klévisson viu da janela do apartamento em que estava, no centro de São Paulo, um... seqüestro. Um homem invadiu de arma em punho um automóvel estacionado na rua em frente e partiu com o motorista sob sua escolta. O que aconteceu com aquele homem? Estará vivo? O episódio é narrado no cordel.
"A Peleja de São Paulo com o Monstro da Violência" está sendo vendido a R$ 1 (preço de custo) pelo tel. 0/xx/85/217-2891 ou na feira de sábado da praça Benedito Calixto, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, no estande "O Autor na Praça".



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