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Cordel homenageia prefeito Celso Daniel
GUILHERME AZEVEDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A lira nordestina também chora
a morte do prefeito Celso Daniel.
Os poetas do povo Klévisson Viana, 29, e Téo Azevedo, 58, terminaram de imprimir na quarta-feira "A Peleja de São Paulo com o
Monstro da Violência", um cordel escrito sob o impacto do assassinato do líder de Santo André.
Klévisson, cordelista e cartunista de Quixeramobim (CE) e morador de Fortaleza, veio para São
Paulo no domingo em que Daniel
foi encontrado morto. A idéia de
transformar o episódio em cordel
foi do radialista Assis Ângelo, que
comanda o programa "São Paulo
Capital Nordeste", na Capital AM.
A história por trás do folheto, de
oito páginas e 31 estrofes, quase
vale um cordel. Ele começou a ser
feito por Klévisson, segunda pela
manhã. De tarde, ocorreu o blecaute que "apagou" São Paulo e
outros Estados. E também boa
parte do trabalho digitado.
O poeta, autor de mais de 30 folhetos e dono da editora cearense
Tupynanquim, especializada em
cordéis, começou o cordel sozinho. Mais tarde, quando continuava a composição, agora acompanhado do cantador mineiro
Téo Azevedo, Klévisson viu da janela do apartamento em que estava, no centro de São Paulo, um...
seqüestro. Um homem invadiu de
arma em punho um automóvel
estacionado na rua em frente e
partiu com o motorista sob sua
escolta. O que aconteceu com
aquele homem? Estará vivo? O
episódio é narrado no cordel.
"A Peleja de São Paulo com o
Monstro da Violência" está sendo
vendido a R$ 1 (preço de custo)
pelo tel. 0/xx/85/217-2891 ou na
feira de sábado da praça Benedito
Calixto, em Pinheiros, na zona
oeste de São Paulo, no estande "O
Autor na Praça".
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