São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Renovado, MIS ficará mais tecnológico

Museu da Imagem e do Som ganha programa de artistas residentes e convidados e terá mostra de vídeos

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O MIS (Museu da Imagem e do Som) reabrirá em abril com um novo perfil, mais tecnológico, que terá como centro um "media lab", além de um programa de artistas residentes e convidados.
A nova configuração do museu, que passa por reformas hidráulicas e elétricas, foi divulgada para a Folha pela nova diretora da instituição, Daniela Bousso, também à frente do Paço das Artes. "Vimos no Paço um modelo bem-sucedido e achamos boa essa reorganização dos equipamentos culturais do Estado. Queremos um maior retorno do público e uma gestão mais profissionalizada", diz a coordenadora da unidade de preservação de patrimônio museológico da Secretaria de Estado da Cultura, Claudineli Moreira Ramos.
"Os museus de imagem e do som ao redor do mundo passam por uma rediscussão com o forte desenvolvimento das novas tecnologias."
O orçamento anual do MIS em 2008 saltou para R$ 6,3 milhões -no ano passado, foi de R$ 2 milhões.
"Reestruturei o museu em quatro grandes eixos: a criação do LabMIS, a manutenção adequada do acervo, uma programação integrada e a readequação do site", diz Bousso.
Para a nova diretora, a criação de um "media lab" era essencial para a nova linha do museu. "Será um centro de produção de conhecimento, de fomento a artistas e à experimentação", define ela. Em 2008, haverá três artistas convidados para realizarem propostas para o espaço expositivo: Cássio Vasconcelos, Kátia Maciel e, em negociações finais para a reabertura, o mexicano Rafael Lozano-Hemmer, que esteve na Bienal de Veneza no ano passado. Entre os artistas residentes, estão confirmados Caetano Dias e Paulo Meira.
A coletiva de videoinstalações "Repeat All", com obras de nomes como o egípcio Hassan Khan e a dupla austro-israelense Muntean/Rosenblum, foi confirmada para a reabertura.
Está sendo inventariado o acervo, que conta com 330 mil itens. "Já antes de finalizada essa etapa, sabemos que precisamos dobrar o espaço da reserva técnica", diz Bousso.
Para Ricardo Ohtake, ex-diretor do MIS e ex-presidente do conselho administrativo da organização social que gerenciava o museu antes da nova gestão, "a proposta de renovação do MIS é boa, mas o acervo deve ter um cuidado central. Faz parte da função histórica do museu e, sem acervo, a instituição perde o sentido".


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