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Renovado, MIS ficará mais tecnológico
Museu da Imagem e do Som ganha programa de artistas residentes e convidados e terá mostra de vídeos
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O MIS (Museu da Imagem e
do Som) reabrirá em abril com
um novo perfil, mais tecnológico, que terá como centro um
"media lab", além de um programa de artistas residentes e
convidados.
A nova configuração do museu, que passa por reformas hidráulicas e elétricas, foi divulgada para a Folha pela nova diretora da instituição, Daniela
Bousso, também à frente do
Paço das Artes. "Vimos no Paço
um modelo bem-sucedido e
achamos boa essa reorganização dos equipamentos culturais do Estado. Queremos um
maior retorno do público e
uma gestão mais profissionalizada", diz a coordenadora da
unidade de preservação de patrimônio museológico da Secretaria de Estado da Cultura,
Claudineli Moreira Ramos.
"Os museus de imagem e do
som ao redor do mundo passam por uma rediscussão com
o forte desenvolvimento das
novas tecnologias."
O orçamento anual do MIS
em 2008 saltou para R$ 6,3 milhões -no ano passado, foi de
R$ 2 milhões.
"Reestruturei o museu em
quatro grandes eixos: a criação
do LabMIS, a manutenção adequada do acervo, uma programação integrada e a readequação do site", diz Bousso.
Para a nova diretora, a criação de um "media lab" era essencial para a nova linha do
museu. "Será um centro de
produção de conhecimento, de
fomento a artistas e à experimentação", define ela. Em
2008, haverá três artistas convidados para realizarem propostas para o espaço expositivo: Cássio Vasconcelos, Kátia
Maciel e, em negociações finais
para a reabertura, o mexicano
Rafael Lozano-Hemmer, que
esteve na Bienal de Veneza no
ano passado. Entre os artistas
residentes, estão confirmados
Caetano Dias e Paulo Meira.
A coletiva de videoinstalações "Repeat All", com obras de
nomes como o egípcio Hassan
Khan e a dupla austro-israelense Muntean/Rosenblum, foi
confirmada para a reabertura.
Está sendo inventariado o
acervo, que conta com 330 mil
itens. "Já antes de finalizada
essa etapa, sabemos que precisamos dobrar o espaço da reserva técnica", diz Bousso.
Para Ricardo Ohtake, ex-diretor do MIS e ex-presidente
do conselho administrativo da
organização social que gerenciava o museu antes da nova
gestão, "a proposta de renovação do MIS é boa, mas o acervo
deve ter um cuidado central.
Faz parte da função histórica
do museu e, sem acervo, a instituição perde o sentido".
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