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Crítica
Diretor de "Noite no Museu" é mero fazedor de filmes
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O lado francamente estúpido
de "Uma Noite no Museu"
(TC Premium, 20h) diz respeito ao monótono refrão: pai separado tem que conseguir uma
situação econômica para não
perder a guarda do filho e, no
mais, demonstrar ao menino
que não é um ninguém.
Mas há um aspecto que pelo
menos merece atenção, que
vem da fantasia vivida por Ben
Stiller quando se torna guarda
do Museu de História Natural
de Nova York, quando as figuras começam a tomar vida.
A nossa idéia habitual é a de
que o museu é um lugar de coisas mortas. Dar vida a essas
coisas implica um árduo trabalho de situá-las novamente na
história. Toda história precisa
de um eixo. Esta é unificada
pelos olhos de Teddy Roosevelt
(o da "América para os americanos").
Faz muito sentido para os
americanos, ao menos. Ou faria, caso Shawn Levy fosse um
pouco mais que um fazedor de
filmes, que parece não distinguir um imperador romano de
Átila, o Huno, nem este de um
dinossauro.
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