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OSCAR 2005
Freeman e Blanchett são os melhores coadjuvantes
Ator ganha por 'Menina de Ouro', e 'Aviador' leva 5 estatuetas; 'Diários' perde roteiro adaptado
DA REPORTAGEM LOCAL
O ator Morgan Freeman, 67, foi
escolhido o melhor coadjuvante
por seu papel de um ex-boxeador
em "Menina de Ouro", no início
da 77ª cerimônia do Oscar, ontem
à noite, no teatro Kodak, em Los
Angeles (EUA). Freeman foi o nono ator negro a levar o prêmio entre os cerca de 300 já agraciados.
Foi a primeira estatueta do ator
americano, que já havia sido indicado em outras três ocasiões:
"Um Sonho de Liberdade" (1994),
"Conduzindo Miss Daisy" (1989)
e "Armação Perigosa" (1987).
Cate Blanchett, 35, venceu o Oscar de atriz coadjuvante por sua
interpretação de Katharine Hepburn (1907-2003), em "O Aviador". Blanchett dedicou o prêmio a
Hepburn. "A longevidade de sua
carreira é inspiradora." A atriz
agradeceu ainda ao diretor Martin Scorsese. Até a conclusão desta edição, à 0h30 de hoje, "O Aviador" era o grande vencedor da
premiação, com cinco estatuetas.
Leonardo DiCaprio, protagonista do filme e concorrente ao
Oscar de ator principal, estava
acompanhado pela namorada, a
modelo brasileira Gisele Bündchen. O casal se sentou nas primeiras fileiras do auditório.
Gisele estava bronzeada, com os
cabelos soltos e usava um vestido
branco, longo, solto e tomara-que-caia -decote predileto da
maioria das presentes.
DiCaprio apresentou o Oscar de
documentário longa-metragem,
vencido por "Born Into Brothels"
(nascidos em bordéis), de Zana
Briski e Ross Kauffman.
"O Aviador" ganhou edição,
com Thelma Schoonmaker, antiga colaboradora de Scorsese, e fotografia, com Robert Richardson.
Patriótico
Antes do começo da entrega dos
prêmios, o apresentador Chris
Rock lembrou de dois documentários críticos à sociedade americana e ao governo atual "Fahrenheit 11 de Setembro" e "Supersize Me - A Dieta do Palhaço", que
concorreu a melhor longa documentário.
"Todo mundo gosta de falar
mal do Bush. Ele é um gênio. Fez
coisas que ninguém poderia fazer.
Quando ele entrou na administração, havia excesso de dinheiro,
agora temos um déficit."
Ao chamar a primeira apresentadora, Halle Berry, Rock aproveitou para mandar uma saudação para as tropas americanas.
Rock mencionou ainda o fiasco
"Mulher-Gato", o filme que deu a
atriz o Framboesa de Ouro, premiação para os piores do cinema,
entregue anteontem.
Berry anunciou o primeiro Oscar que "O Aviador" conquistou
na noite, o de direção de arte.
O prêmio de animação, entregue por Robin Williams, foi para
"Os Incríveis", da Pixar.
Robin Williams entrou com
uma espécie de mordaça, referência à censura que a rede ABC fez
ao seu texto, no qual ele ironizaria
um grupo conservador que considera gay o personagem de desenho animado Bob Esponja.
Outro personagem de animação Edna Moda, de "Os Incríveis", "dividiu" o palco com o ator
Pierce Brosnan para apresentar o
prêmio de figurino, também arrebatado pelo filme de Scorsese.
O diretor Sidney Lumet, 80, foi
homenageado por sua obra. Ele
foi candidato ao Oscar quatro vezes por direção, em "Doze Homens e uma Sentença" (1957),
"Um Dia de Cão" (1975), "Rede
de Intrigas" (1976) e "O Veredicto" (1982); e uma por roteiro
adaptado, em "O Príncipe da Cidade" (1981).
As mais notadas novidades,
prometidas pelo produtor-executivo Gil Cates para a cerimônia,
foram o anúncio dos prêmios em
diferentes locais do teatro e a presença no palco de todos os concorrentes de categorias, como figurino e documentário. "Desventuras em Série", que ganhou maquiagem, foi entregue por Cate
Blanchett da platéia do auditório.
Diários
O filme de Walter Salles, "Diários de Motocicleta" perdeu para
"Sideways - Entre Umas e Outras"
o Oscar de roteiro adaptado.
O outro prêmio ao qual concorria, melhor canção, ainda não havia sido entregue até a conclusão
desta edição.
"Al Otro Lado del Río", do uruguaio Jorge Dexler, foi interpretada pelo ator Antonio Banderas e
Carlos Santana, que vestia uma
camiseta com a clássica imagem
de Che, depois que o uruguaio foi
preterido pela organização.
Em outro prêmio entregue nos
EUA neste fim de semana, o Independent Spirit Awards, prêmio alternativo ao Oscar, do Independent Feature Project (IFP), o argentino Rodrigo de la Serna foi escolhido o melhor ator estreante
por seu papel em "Diários de Motocicleta". "Sideways - Entre
Umas e Outras" foi o principal
vencedor, com seis prêmios, incluindo filme e direção, para Alexander Payne.
Com agências internacionais
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