São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

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Redes investem em lado cultural por prestígio

DA REPORTAGEM LOCAL

Abrigar teatros tem sido um bom negócio para os hotéis. Veridiana Pacheco, do Renaissance, aposta na movimentação gerada pelo público do teatro -durante a semana, o espaço ainda é usado para convenções. "Temos uma visão abrangente, não vamos pensar só no business. Conseguimos casar as duas operações", diz.
A diretora de vendas e marketing do Crowne Plaza, Vânia Dezordi, 31, concorda em relação ao aumento da circulação: "À noite, o foyer do teatro fica movimentado, e o lobby também. Além disso, é importante o hotel ter esse lado cultural em evidência".
No caminho contrário de seus pares, no entanto, o teatro do Maksoud Plaza já não funciona mais como tal há quase cinco anos -salvo uma ameaça de volta em 2001, quando recebeu uma temporada do musical "Cole Porter - Ele Nunca Disse que me Amava".
Com 400 lugares, o teatro viveu sua época de ouro entre o final dos anos 80 e o começo dos 90, quando o hotel era sinônimo de luxo, sofisticação e glamour.
Grandes nomes da música, como os pianistas Nelson Freire, Miguel Proença e Marcelo Bratke, além do flautista Altamiro Carrilho, participaram de recitais e concertos no espaço. Depois, veio a fase dos espetáculos humorísticos de comediantes como Sérgio Rabello e Juca Chaves. Por fim, o teatro foi convertido num espaço alugado para congressos e eventos.
"A parte corporativa sempre foi o foco do hotel. Uma peça ocupa o teatro durante duas horas. Um evento pode durar semanas", justifica Henry Maksoud Neto, 30, diretor de operações do hotel. (JF)


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