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Redes investem em lado cultural por prestígio
DA REPORTAGEM LOCAL
Abrigar teatros tem sido
um bom negócio para os hotéis. Veridiana Pacheco, do
Renaissance, aposta na movimentação gerada pelo público do teatro -durante a
semana, o espaço ainda é
usado para convenções. "Temos uma visão abrangente,
não vamos pensar só no business. Conseguimos casar
as duas operações", diz.
A diretora de vendas e
marketing do Crowne Plaza,
Vânia Dezordi, 31, concorda
em relação ao aumento da
circulação: "À noite, o foyer
do teatro fica movimentado,
e o lobby também. Além disso, é importante o hotel ter
esse lado cultural em evidência".
No caminho contrário de
seus pares, no entanto, o teatro do Maksoud Plaza já não
funciona mais como tal há
quase cinco anos -salvo
uma ameaça de volta em
2001, quando recebeu uma
temporada do musical "Cole
Porter - Ele Nunca Disse que
me Amava".
Com 400 lugares, o teatro
viveu sua época de ouro entre o final dos anos 80 e o começo dos 90, quando o hotel
era sinônimo de luxo, sofisticação e glamour.
Grandes nomes da música,
como os pianistas Nelson
Freire, Miguel Proença e
Marcelo Bratke, além do
flautista Altamiro Carrilho,
participaram de recitais e
concertos no espaço. Depois, veio a fase dos espetáculos humorísticos de comediantes como Sérgio Rabello
e Juca Chaves. Por fim, o teatro foi convertido num espaço alugado para congressos e
eventos.
"A parte corporativa sempre foi o foco do hotel. Uma
peça ocupa o teatro durante
duas horas. Um evento pode
durar semanas", justifica
Henry Maksoud Neto, 30,
diretor de operações do hotel.
(JF)
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