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É Tudo Verdade anuncia brasileiros
Competição nacional do festival, que acontece a partir do dia 22, terá sete filmes e prêmio de R$ 100 mil
TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL
Um perfil de Maria Bethânia
por Andrucha Waddington,
uma cinebiografia do economista Celso Furtado e um filme
sobre a trajetória do escritor
José Lins do Rego são alguns
destaques da programação nacional do É Tudo Verdade deste
ano. O Festival Internacional
de Documentários acontece a
partir do dia 22 em SP; dia 23,
no Rio; e, em abril, em Brasília,
Campinas e Porto Alegre.
A novidade da 12ª edição do
festival é um prêmio de R$ 100
mil para o vencedor da competição brasileira de médias e longas-metragens. Escolhidos entre 132 inscritos, os sete títulos
inéditos concorrem ao Prêmio CPFL Energia/É Tudo Verdade "Janela
para o Contemporâneo".
O júri da competição nacional, formado por três pessoas,
vai eleger o vencedor, que passa
a concorrer também na categoria internacional. "A idéia é ampliar a premiação para o documentário nacional e torná-la
mais expressiva", diz Amir Labaki, diretor do festival. "O prêmio está instituído e continua
nas próximas edições."
A seleção deste ano pode ser
dividida em três grupos: retratos, documentários de caráter
investigativo e dois filmes mais
experimentais, "Descaminhos"
e "Construção".
"O que perpassa os grupos é
uma investigação da linguagem, uma novidade boa para o
documentário brasileiro."
"Descaminhos" reúne seis
episódios sobre a estrada de
ferro. Entre os realizadores estão Leandro HBL, que já participou de um projeto similar sobre Cuba, e Marília Rocha, diretora de "Aboio", que venceu o É
Tudo Verdade em 2005.
Já "Construção", do paulista
Cristiano Burlan, contempla o
cotidiano da construção civil.
Dos filmes que retratam personalidades estão "O Longo
Amanhecer - Cinebiografia de
Celso Furtado", de José Mariani; "Em Lutzenberger: For
Ever Gaia", de Frank Coe e Otto
Guerra, estréia do animador
em documentário; e "Maria Bethânia - Pedrinha de Aruanda",
de Andrucha Waddington, do
ficcional "Casa de Areia".
"Nas Terras do Bem-Virá",
de Alexandre Rampazzo, que
trata de conflitos na Amazônia,
e "Elevado 3.5", de João Sodré,
Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, sobre o Minhocão, são os filmes voltados à investigação.
Fora da competição, "O Engenho de Zé Lins", de Vladimir
Carvalho, é um dos destaques.
"É um dos grandes documentários dos últimos 20 anos. Fala
da importância de José Lins do
Rego, com depoimentos de Raquel de Queiroz e de Carlos
Heitor Cony. É um filmaço."
Oscar
No próximo dia 9, o festival
anuncia a programação completa, que terá uma retrospectiva da produção documental do
polonês Kieslowski (1941-96).
Dois documentários que disputaram o Oscar, "Iraque em
Fragmentos" e "Jesus Camp",
também estão na programação.
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