São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

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É Tudo Verdade anuncia brasileiros

Competição nacional do festival, que acontece a partir do dia 22, terá sete filmes e prêmio de R$ 100 mil

TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL

Um perfil de Maria Bethânia por Andrucha Waddington, uma cinebiografia do economista Celso Furtado e um filme sobre a trajetória do escritor José Lins do Rego são alguns destaques da programação nacional do É Tudo Verdade deste ano. O Festival Internacional de Documentários acontece a partir do dia 22 em SP; dia 23, no Rio; e, em abril, em Brasília, Campinas e Porto Alegre.
A novidade da 12ª edição do festival é um prêmio de R$ 100 mil para o vencedor da competição brasileira de médias e longas-metragens. Escolhidos entre 132 inscritos, os sete títulos inéditos concorrem ao Prêmio CPFL Energia/É Tudo Verdade "Janela para o Contemporâneo".
O júri da competição nacional, formado por três pessoas, vai eleger o vencedor, que passa a concorrer também na categoria internacional. "A idéia é ampliar a premiação para o documentário nacional e torná-la mais expressiva", diz Amir Labaki, diretor do festival. "O prêmio está instituído e continua nas próximas edições."
A seleção deste ano pode ser dividida em três grupos: retratos, documentários de caráter investigativo e dois filmes mais experimentais, "Descaminhos" e "Construção".
"O que perpassa os grupos é uma investigação da linguagem, uma novidade boa para o documentário brasileiro."
"Descaminhos" reúne seis episódios sobre a estrada de ferro. Entre os realizadores estão Leandro HBL, que já participou de um projeto similar sobre Cuba, e Marília Rocha, diretora de "Aboio", que venceu o É Tudo Verdade em 2005.
Já "Construção", do paulista Cristiano Burlan, contempla o cotidiano da construção civil.
Dos filmes que retratam personalidades estão "O Longo Amanhecer - Cinebiografia de Celso Furtado", de José Mariani; "Em Lutzenberger: For Ever Gaia", de Frank Coe e Otto Guerra, estréia do animador em documentário; e "Maria Bethânia - Pedrinha de Aruanda", de Andrucha Waddington, do ficcional "Casa de Areia".
"Nas Terras do Bem-Virá", de Alexandre Rampazzo, que trata de conflitos na Amazônia, e "Elevado 3.5", de João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, sobre o Minhocão, são os filmes voltados à investigação.
Fora da competição, "O Engenho de Zé Lins", de Vladimir Carvalho, é um dos destaques. "É um dos grandes documentários dos últimos 20 anos. Fala da importância de José Lins do Rego, com depoimentos de Raquel de Queiroz e de Carlos Heitor Cony. É um filmaço."

Oscar
No próximo dia 9, o festival anuncia a programação completa, que terá uma retrospectiva da produção documental do polonês Kieslowski (1941-96).
Dois documentários que disputaram o Oscar, "Iraque em Fragmentos" e "Jesus Camp", também estão na programação.


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