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Migração de ibope para a TV fechada é menor
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos 4,3 pontos que as grandes redes de TV perderam de
2001 para 2009 na faixa noturna, aproximadamente um terço
migrou para TVs fechadas e
dois terços, para DVDs, games e
outros aparelhos, de acordo
com Antonio Ricardo Ferreira,
diretor-executivo do Ibope.
Apesar disso, o mercado de
TV paga tem dados a comemorar. Na última quarta-feira, a
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou
que o total de assinantes do
país chegou a 7,6 milhões em
janeiro deste ano (cerca de 25,2
milhões de telespectadores).
A base vem crescendo, turbinada pela entrada das empresas de telefonia no setor, que
passou a oferecer TV paga com
banda larga e telefone -eram
4,6 milhões em 2006; 5,3 milhões em 2007; 6,3 milhões em
2008 e 7,5 milhões em 2009.
Presidente da Associação
Brasileira de TV por Assinatura, Alexandre Annenberg admite que os
DVDs, principalmente os piratas,
são concorrentes,
mas tenta amenizar a disputa: "A TV
paga oferece uma sinergia muito grande
como o DVD, que são os
serviços de PVR [que servem para pausar e gravar a
programação]. É claro que a
concorrência com qualquer tipo de pirataria é danosa e que o
preço da TV paga ainda é um
obstáculo para o crescimento",
diz Annenberg.
Internet
Os números do Ibope não
elucidam a disputa entre televisão e internet.
De acordo com Ferreira, não
há até agora nenhum televisor
na base do Ibope [nos quais são
instalados "people meter" para
registrar a audiência] que sirva
de monitor para a internet.
O instituto e as redes de TV
têm o desafio de renovar o modelo de medição de audiência,
hoje restrito ao movimento do
telespectador entre os canais
do televisor. O novo passo é
mensurar o acesso ao conteúdo, que pode ser feito no celular, no computador etc., como a
Nielsen começa a testar neste
ano nos Estados Unidos.
Os números evidenciam essa
demanda. Em dezembro de
2001, eram 6 milhões de brasileiros utilizando internet em
casa. Já em outubro de 2009, o
número chegava a 28,5 milhões, um aumento de 375%
(dados do Ibope/NetRatings).
"Hoje há pluralidade no consumo de mídias", resume o publicitário Adrian Ferguson.
(LM e RR)
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