São Paulo, domingo, 28 de fevereiro de 2010

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Migração de ibope para a TV fechada é menor

DA REPORTAGEM LOCAL

Dos 4,3 pontos que as grandes redes de TV perderam de 2001 para 2009 na faixa noturna, aproximadamente um terço migrou para TVs fechadas e dois terços, para DVDs, games e outros aparelhos, de acordo com Antonio Ricardo Ferreira, diretor-executivo do Ibope.
Apesar disso, o mercado de TV paga tem dados a comemorar. Na última quarta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou que o total de assinantes do país chegou a 7,6 milhões em janeiro deste ano (cerca de 25,2 milhões de telespectadores).
A base vem crescendo, turbinada pela entrada das empresas de telefonia no setor, que passou a oferecer TV paga com banda larga e telefone -eram 4,6 milhões em 2006; 5,3 milhões em 2007; 6,3 milhões em 2008 e 7,5 milhões em 2009.
Presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura, Alexandre Annenberg admite que os DVDs, principalmente os piratas, são concorrentes, mas tenta amenizar a disputa: "A TV paga oferece uma sinergia muito grande como o DVD, que são os serviços de PVR [que servem para pausar e gravar a programação]. É claro que a concorrência com qualquer tipo de pirataria é danosa e que o preço da TV paga ainda é um obstáculo para o crescimento", diz Annenberg.

Internet
Os números do Ibope não elucidam a disputa entre televisão e internet.
De acordo com Ferreira, não há até agora nenhum televisor na base do Ibope [nos quais são instalados "people meter" para registrar a audiência] que sirva de monitor para a internet.
O instituto e as redes de TV têm o desafio de renovar o modelo de medição de audiência, hoje restrito ao movimento do telespectador entre os canais do televisor. O novo passo é mensurar o acesso ao conteúdo, que pode ser feito no celular, no computador etc., como a Nielsen começa a testar neste ano nos Estados Unidos.
Os números evidenciam essa demanda. Em dezembro de 2001, eram 6 milhões de brasileiros utilizando internet em casa. Já em outubro de 2009, o número chegava a 28,5 milhões, um aumento de 375% (dados do Ibope/NetRatings).
"Hoje há pluralidade no consumo de mídias", resume o publicitário Adrian Ferguson.

(LM e RR)



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