São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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REPERCUSSÃO

Dilma Rousseff, 63,
presidente da República:
"Recebi com muito pesar a notícia da morte de Moacyr Scliar, um dos mais respeitados escritores do nosso país. (...) Scliar foi um ícone da literatura gaúcha, brasileira e latino-americana."

Lygia Fagundes Telles,
87, escritora:
"Gostava muito dele. Em algumas dessas andanças pelo mundo, estivemos juntos em congressos. Era bom contista, bom cronista. Era melhor contista do que cronista. Era imaginoso, profundo. Foi uma perda para a literatura brasileira."

Drauzio Varella, 67,
colunista da Folha, escritor e médico:
"Era uma pessoa que nos deixava com a sensação de que você era incapaz de corresponder à delicadeza dele. Fazia parte de uma espécie em extinção, a dos médicos humanistas."

João Ubaldo Ribeiro,
70, escritor:
"Uma perda afetiva para a cultura e para a literatura brasileira. Isso é uma ironia. Ele se cuidava e fazia tudo certinho. Vivia conforme o figurino. Ele até me dava conselhos, pois tenho hábitos poucos saudáveis."

Arnaldo Niskier, 75,
escritor:
"Estava numa idade perfeitamente suportável. Foi uma fatalidade. Participava de todos os eventos. Era muito presente. Era um craque."

Ana Maria Machado,
69, escritora:
"Além do escritor bom e premiado, era um homem solidário, essa era a sua verdadeira grandeza. Era um grande trabalhador da palavra, tinha capacidade de trabalho extraordinário. Na sala do aeroporto, ele, sentado num cantinho, abria o notebook e escrevia."

Joca Reiners Terron,
43, escritor:
"Deixa uma obra vastíssima, acho lamentável que ele tenha interrompido uma carreira tão prolífica relativamente jovem. Ele tinha muitos livros para escrever e foi um escritor generoso com os autores jovens."

Daniel Galera, 31
escritor:
"Conheci o Scliar quando eu tinha 15 anos, numa oficina de crônica. Nem sabia que ia ser escritor. Se existe algum consolo, ele era um ótimo escritor, escreveu vários livros, e essa obra fica."

Cristóvão Tezza, 58,
escritor:
"Gostava muito do Scliar como escritor e como pessoa. Com "Centauro no Jardim", deu uma dimensão internacional pelo tema judaico, com raízes brasileiras. Era um grande fabulador, um grande contador de histórias."

Chacal, 59,
poeta e letrista:
"A obra dele era algo espetacular, admirava o texto dele. Era um mágico, um encantador."

Fabrício Carpinejar, 38,
poeta e escritor:
"A gente pensava que ele fosse um profeta, que não morreria nunca. Foi uma referência sólida para várias gerações. Conciliava o humor avesso com a melancolia. O mais bonito na obra era a compaixão ao estranho. Foi nosso médico sanitarista da literatura."


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