São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 2002

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Repertório não é desconhecido de pesquisadores

DA REPORTAGEM LOCAL

A música colonial mineira foi conservada de duas maneiras. A primeira vigorou em São João del Rey, onde duas orquestras do século 18 -que disputam o título de formação de atividade contínua mais antiga das Américas- conservaram suas partituras para renegociar os contratos com as confrarias responsáveis pelas igrejas.
Em Tiradentes, Ouro Preto e Mariana, as orquestras se dispersaram, e o acervo de partituras em grande parte se perdeu.
Ouro Preto foi a mais rica das cidades mineiras e aquela que sofreu os efeitos de duas decadências: o final do ciclo do ouro, no começo do século 19, e a transferência da capital para Belo Horizonte, em 1897.
As antigas orquestras profissionais se amadorizaram. Os arquivos se dispersaram com a paralela decadência das confrarias (ricas) e a organização da vida religiosa em paróquias (mais pobres).
Os arquivos de Ouro Preto -com partituras em verdade recolhidas por outras cidades antigas de Minas- estão sendo catalogados de forma sistemática desde 1982. Seu conteúdo não chega a ser desconhecido. Mas há ainda muito a ser editado e executado segundo os critérios de leitura musical em vigor no Brasil colônia. (JBN)



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