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Repertório não é
desconhecido de
pesquisadores
DA REPORTAGEM LOCAL
A música colonial mineira
foi conservada de duas maneiras. A primeira vigorou
em São João del Rey, onde
duas orquestras do século 18
-que disputam o título de
formação de atividade contínua mais antiga das Américas- conservaram suas
partituras para renegociar os
contratos com as confrarias
responsáveis pelas igrejas.
Em Tiradentes, Ouro Preto e Mariana, as orquestras
se dispersaram, e o acervo de
partituras em grande parte
se perdeu.
Ouro Preto foi a mais rica
das cidades mineiras e aquela que sofreu os efeitos de
duas decadências: o final do
ciclo do ouro, no começo do
século 19, e a transferência
da capital para Belo Horizonte, em 1897.
As antigas orquestras profissionais se amadorizaram.
Os arquivos se dispersaram
com a paralela decadência
das confrarias (ricas) e a organização da vida religiosa
em paróquias (mais pobres).
Os arquivos de Ouro Preto
-com partituras em verdade recolhidas por outras cidades antigas de Minas-
estão sendo catalogados de
forma sistemática desde
1982. Seu conteúdo não chega a ser desconhecido. Mas
há ainda muito a ser editado
e executado segundo os critérios de leitura musical em
vigor no Brasil colônia.
(JBN)
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