São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2004

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FILMES

Uma Santa Mudança
SBT, 15h.
   
(A Saintly Switch). EUA, 1998. Direção: Peter Bogdanovich. Com David Alan Grier, Viva A. Fox, Al Waxman. Jogador de futebol americano muda-se mais uma vez e novamente inicia processo de desentendimentos com a mulher. Na nova casa, em Nova Orleans, consta que havia morado uma feiticeira. É a ela que a filha do casal se endereça, na tentativa de terminar com as brigas. Filme feito para TV por diretor de nível.

Flypaper - Os Desajustados
SBT, 1h35.
 
(Flypaper). EUA, 1997, 111 min. Direção: Klaus Hoch. Com Craig Sheffer, Robert Loggia. Além de fugir de um ex-namorado da filha, pai tenta fazer com que ela se desintoxique. Outras histórias paralelas se desenvolvem neste filme que tenta articular suspense e comédia.

Intercine
Globo, 1h50.

Há dois dramas inéditos na parada, disputando o direito de passar na quarta: "Anos Loucos" (2000, de Gary Walkow, com Courtney Love, Norman Reedus) e "Fábrica de Animais" (2000, de Steve Buscemi, com Willem Dafoe, Edward Furlong).

À Queima-Roupa
Globo, 3h30.
    
(Point Blank). EUA, 1967, 92 min. Direção: John Boorman. Com Lee Marvin, Angie Dickinson, John Vernon. Após ser traído e quase morto por seus comparsas (Vernon e Dickinson), Lee Marvin parte em busca do que lhe é de direito com tal fúria e determinação que o filme de Boorman pode, até hoje, servir como referência a esse tipo de "thriller", muito imitado sem que raramente se chegue perto. Um clássico moderno.

Rastros de Ódio
SBT, 3h50.
    
(The Searchers). EUA, 1956, 125 min. Direção: John Ford. Com John Wayne, Jeffrey Hunter. Depois que tem quase toda a família dizimada, veterano da Guerra de Secessão persegue por anos e anos os índios que mantêm uma sobrinha seqüestrada. Um dos maiores faroestes de todos os tempos. (IA)

Entre o arcaico e o moderno

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Às vezes, "Baile Perfumado" (Canal Brasil, 23h40) é um ótimo filme, às vezes, não. Mas, em todos os momentos, ele consegue manter-se encantador -e esta está longe de ser virtude acessória em um filme.
Misturam-se ali duas histórias, a de Lampião e a de Benjamin Abraão. A do cangaceiro e a do homem que ousou filmá-lo. A do primitivo e a do moderno.
Sendo que estamos no Brasil, não passagem de um estágio a outro, do primitivo ao moderno, digamos, mas um curto-circuito. O filme de Lyrio Ferreira e Paulo Caldas faz sua parte, ao mostrar como é possível fazer essa passagem (da imagem documental original à imagem ficcional que a recupera).
Mas essa passagem ao moderno continua sendo, com certeza, o problema brasileiro.


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